Governador pede coragem a prefeitos e critica governo federal: "Caminhando para um naufrágio em breve" - veja fotos
Encontro Mato-grossense de Municípios reúne prefeitos, vereadores e outros agentes públicos dos 142 municípios de MT
O governador Mauro Mendes (União) defendeu que os prefeitos tenham coragem de dar o remédio amargo para depois colher os frutos. Em discurso de pouco mais de 20 minutos, durante a abertura do Encontro Mato-grossense de Municípios, nesta terça (18), no Cenarium Rural, em Cuiabá, Mauro apresentou um retrospecto de seu governo e frisou que estado está equilibrado porque ele teve coragem e apoio da Assembleia para tomar as medidas corretas. “Não se faz omelete sem quebrar os ovos. Cada prefeito deve ter coragem”, disse e depois, completou: “Não adianta ser aplaudido no início, que será vaiado no final”, disse, ressaltando que fez o caminho inverso, sofrendo duras críticas no começo e agora colhendo os frutos.
Ao destacar sua gestão como “case de sucesso”, salientando que Mato Grosso virou um canteiro de obras, o chefe do Executivo fez duras críticas ao governo federal, dizendo que país só vai sair da crise econômica e fiscal que se encontra se o Planalto, em parceria com o Congresso, promover reformas profundas e implementar soluções amargas.
“Nós temos desafios importantes, que ao longo dos anos não foram corretamente enfrentados pelo Estado brasileiro. E quando eu digo isso, eu não estou aqui a querer criticar, como eu sempre faço, presidente A, B, C, ou partido A, B ou C. É um problema estrutural da política brasileira e do Estado brasileiro. Nós precisamos compreender, se não tivermos capaz de fazer um diagnóstico verdadeiro desses grandes problemas do país, enfrentá-los de verdade, nós estaremos caminhando para um naufrágio em breve e eminente da economia, arrastado pelo governo brasileiro”.
Em seguida, Mauro sugeriu que os prefeitos plantem no tempo correto, no primeiro ano, para colher nos outros três. “Se ainda não tomaram [medidas], ainda é tempo de tomar. Não adianta fazer como nós estamos vendo hoje no Brasil, depois de dois anos do atual governo (Lula), e eu lamento profundamente como governador e como brasileiro, nós ganhamos um presidente que está caindo na sua avaliação, que eu gostaria muito que ele tivesse com 80%, 90% [na avaliação], porque se assim não fosse, era um sinal que o Brasil estava muito bem, para a minha alegria e da grande maioria dos brasileiros”, disparou.
E, depois, lamentou: “Quando um governante vai mal, a oposição se vangloria, até comemora, mas o povo sofre, o povo chora e o povo padece”.
Evento
Além de Mauro, discursaram outras autoridades como o presidente do TCE Sérgio Ricardo. O conselheiro ressaltou a importância do evento, com várias palestras e painéis, para auxiliar os novos prefeitos e os reeleitos. Sérgio fez questão de ressaltar que o evento é o maior já realizado, contando com praticamente todos os prefeitos. "Só não veio quem teve problemas de saúde ", frisou.
O presidente da Assembleia Max Rússi (PSB), por sua vez, colocou a Assembleia à disposição dos prefeitos. "Temos uma Assembleia municipalista, contém com o Parlamento", disse.
Além de prefeitos e vereadores, estiveram presentes no evento diversas autoridades como o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o chefe do MPE Rodrigo Fonseca, o senador Jayme Campos (União), deputados estaduais Júlio Campos (União), Janaina Riva (MDB), Silvano Amaral (MDB).
Ao destacar sua gestão como “case de sucesso”, salientando que Mato Grosso virou um canteiro de obras, o chefe do Executivo fez duras críticas ao governo federal, dizendo que país só vai sair da crise econômica e fiscal que se encontra se o Planalto, em parceria com o Congresso, promover reformas profundas e implementar soluções amargas.
Patricia Sanches e João Aguiar
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