O juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou que 12 réus da Operação Crédito Podre deixem de usar a tornozeleira eletrônica. Os investigados são acusados de integrar esquema criminoso que desviou pelo menos R$ 140 milhões do Estado, por meio de falsas notas de recolhimento de impostos.

A decisão do magistrado é uma extensão da determinação da juíza Ana Cristina Mendes, que atua na mesma Vara, e livrou outros 5 investigados sob monitoramento. 

Conforme decisão, não usarão mais o equipamento os acusados, Rivaldo Alves da Cunha, Paulo Serafim da Silva, Evandro Teixeira de Rezende, Paulo Pereira da Silva, Rogério Rocha Delmindo, Neusa Lagemann de Campos, Rinaldo Batista Ferreira Júnior, Clóvis Conceição Silva, Paulo Henrique Alves Ferreira, Marcelo Medina, Theo Marlon Medina e Alysson de Souza Figueiredo.

A decisão da magistrada, proferida em setembro, autorizou a retirada da tornozeleira dos acusados, Diego de Jesus Conceição, Keila Catarina de Paula, Kamil Costa de Paula, Almir Candido de Figueiredo e Jean Carlos Lara. Em novembro serão realizadas audiências para interrogatórios de testemunhas e réus no esquema.  

Entenda o desvio

A Crédito Podre apura o desvio de R$ 140 milhões da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), entre os anos de 2012 a 2017 por meio de sonegação de impostos. O grupo criminoso fraudava crédito para empresas de fachada para não recolher tributos.   

Em 6 anos, a organização criminosa montada para sonegar impostos de transações comerciais da venda de grão no Estado de Mato Grosso, emitiu 2,1 bilhão de notas fiscais frias, que nunca tiveram os tributos recolhidos aos cofres públicos.  

Jessica Bachega