O governador Mauro Mendes (União Brasil) justificou que sua predileção pelo nome do aliado e vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) como candidato para concorrer ao governo do Estado em 2026 é uma opinião pessoal e não do “Mauro presidente do diretório estadual do União Brasil”. Ele ainda reforçou que tem o direito de expor seus pontos de vista e que os demais membros têm liberdade para expressar suas opiniões.

“Eu nunca falei como governador, mas eu falei como Mauro Mendes. Eu nunca falei como presidente do União Brasil e não falei em nome do União Brasil. E se tiver dentro da União Brasil outros candidatos, que se apresentem”, declarou à imprensa.

Mendes ainda disse que o que deve ocorrer na disputa estadual não é uma sucessão dentro da sigla e que no momento não há definições concretas. “Independente de ser governador, independente de ser presidente do União Brasil, tenho o direito, como todos nós temos, de externalizar opiniões. Lá na frente é que serão tomadas as decisões do partido, mas a minha decisão, eu já deixei bem claro”, reiterou.

Mauro ainda negou imposição de nome, assim como a possibilidade de um racha na sigla por conta de seu posicionamento. “Não houve nenhum posicionamento de nenhum do União Brasil e o Mauro Mendes e qualquer um dos seus membros tem a liberdade total de ter as suas opiniões pessoais.”

Os questionamentos ao governador sobre qual dos aliados terá sua “benção” ocorrem diante da antecipação de Otaviano Pivetta (Republicanos) e Jayme Campos (União Brasil) em deixar seus nomes à disposição para ocupar a vaga do atual chefe do Executivo estadual.

O senador Jayme já começou a fazer “promessas de pré-campanha” para o Governo e prometeu que, se eleito, irá construir 20 mil lotes de habitação em Cuiabá para a população mais carente, sem contrapartida, com entrega gratuita. Ele ainda lembrou de quando foi governador, entre 1991 e 1995, entregou casas e ajudou a construir o bairro Pedra 90, um dos maiores da Capital. Contudo, Jayme, ainda não foi confirmado pelo partido como pré-candidato.

Pivetta também já deixou claro que almeja a cadeira no Palácio Paiaguás. Ainda nesta terça-feira (25) o vice-governador afirmou que já pensa em mudanças no secretariado de Mendes caso assuma o governo a partir de abril de 2026, caso Mauro se afaste do cargo para disputar o Senado no próximo ano.

Mariana da Silva