A pena de Nataly Martins Pereira, que matou e roubou o filho da adolescente Emelly Sena, pode chegar a 45 anos de prisão caso ela receba a condenação máxima pelos quatro crimes que ela foi indiciada pela Polícia Civil.

A Polícia a acusou dos crimes e homicídio quadruplamente qualificado pelo motivo torpe, emprego de asfixia, meio insidioso ou cruel com traição e dissimulação, assim como recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ela ainda é suspeita de ocultação de cadáver, registrar como próprio um parto alheio e uso de documento falso.

O próximo passo é a avaliação do Ministério Público do Estado (MPE), que poderá ou não oferecer denúncia contra a mulher para o Judiciário por todos os crimes apontados pela Polícia Civil e até novas acusações.

A pena a qual Nataly será condenada, tendo em vista que confessou a morte de Emelly e o roubo do bebê, dependerá da interpretação do juiz, que levará em conta fatores como antecedentes criminais, personalidade da ré e as consequências do crime.

Outro fato que será analisado é o resultado do exame de insanidade mental, que irá apontar se a mulher estava em plenas faculdades mentais quando cometeu o homicídio. Caso seja comprovada sua incapacidade de entender o que estava fazendo, sua pena pode ser reduzida até para uma internação psiquiátrica.

Além do processo em andamento de Nataly, a Polícia Civil abriu um inquérito complementar para investir se o marido, o irmão e o cunhado e Nataly tiveram alguma participação no crime. Eles chegaram a ser presos, mas foram liberados por falta de provas.

Paralelo a isso, a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) realiza o exame do local do crime para entender a dinâmica do homicídio e se, como confessou Nataly, a morte de Emelly foi executada apenas pela assassina.