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Mais de 700 mulheres relatam sofrer diariamente situações de violência

Mais de 700 mulheres relatam sofrer diariamente situações de violência

Em 2024, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 recebeu 8.144 ligações oriundas de Mato Grosso. A quantidade representa um aumento de 65,5% em relação ao ano anterior.

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Em 2024, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 recebeu 8.144 ligações oriundas de Mato Grosso. A quantidade representa um aumento de 65,5% em relação ao ano anterior, quando 4.920 atendimentos foram computados. Boa parte das vítimas relatou sofrer situações de violências diariamente.

O “Ligue 180” é um serviço público e gratuito do governo federal que orienta sobre os direitos das mulheres e sobre os serviços da rede de atendimento em situação de violência em todo país. Os dados foram divulgados na quinta-feira (6), pela assessoria de imprensa da Presidência da República.

O levantamento mostra ainda um incremento de 59,9% no número de denúncias no Estado, passando de 957 em 2023 para 1.531 em 2024. Desse total, 1.389 foram recebidas por telefone e 117 por whatsapp.

Entre as queixas no ano passado, 1.015 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto 513 foram por terceiros. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas: 636 denúncias tinham este contexto. A residência compartilhada por vítima e suspeito também é local de grande parte das denúncias em Mato Grosso, com 465 casos.

O levantamento revela também que há mulheres que vivenciam diariamente as situações de violências. No Estado, a frequência diária foi relatada em 731 atendimentos, enquanto 277 disseram que as agressões ocorrem ocasionalmente. São as mulheres pretas e pardas as vítimas mais frequentes, com 1.024 denúncias e são os esposos e companheiros ou ex-companheiros, aqueles que mais cometem atos violentos (396).

Em nível nacional, a Central Ligue 180 atendeu 691.444 ligações em 2024, o que representa um aumento de 21,6% em relação a 2023. Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no serviço ofertado.

“Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal”, avalia.

 

 

Da Redação

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