"Nem governador, nem presidente podem entrar com celular"
Desembargador do Tribunal de Justiça defendeu veto total dos aparelhos nas unidades prisionais
O desembargador Orlando Perri, decano do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, defendeu a proibição total do uso de celulares dentro de unidades prisionais do Estado. Eu defendo, sim, o silêncio dos celulares dentro das unidades prisionais.https://www.cache2net4.com//Repositorio/2458/Publicacoes/557891/1.jpeg?=2573045-2
“Eu defendo, sim, o silêncio dos celulares dentro das unidades prisionais. Nem o governador, nem o presidente da República, nem juiz, nem desembargador, nem o diretor do presídio podem entrar com o celular dentro da unidade”, afirmou.
“Todos, absolutamente todos, têm que deixar seus celulares fora da unidade prisional. Só assim vamos começar a combater essa questão do uso dos celulares”, completou.
A Operação Tolerância Zero, anunciada no fim de novembro pelo governador Mauro Mendes (União), já apreendeu centenas de aparelhos usados ilegalmente por detentos de diversas unidades penitenciárias do Estado.
Em uma das ações, apreendeu seis aparelhos dentro da cela de de Sandro Rabelo, o Sandro Louco, fundador da principal facção criminosa do Estado e considerado um dos criminosos de maior periculosidade.
Perri alertou que apenas a operação para retirada dos aparelhos das celas pode não ser suficiente e pode gerar outras irregularidades, como a criação de um “mercado paralelo” para aluguel de celulares por autoridades que mantêm acesso aos aparelhos.
“Se deixarmos essas pessoas com os celulares, proibindo apenas outros, vamos acabar com o comércio de aquisição, mas criaremos um outro tipo de comércio, o aluguel dos celulares”, disse.
Tolerância Zero
A Operação Tolerância Zero, que integra o programa Tolerância Zero ao Crime Organizado do Governo do Estado, envolve o reforço do policiamento nos 142 municípios do Estado, com viaturas e mais de 1,3 mil militares.
O objetivo da operação é intensificar a presença e atuação dos militares em todo o território estadual, em pontos com maiores índices de ocorrências envolvendo integrantes de organização criminosa.
Além das dezenas de celular, a operação já resultou na apreensão de mais de 3,3 toneladas de drogas e levou 2.052 pessoas às delegacias, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), no último dia 12 de dezembro.
CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
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