Dois alvos da Operação Pubblicare foram ouvidos na sede da Polícia Federal, em Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (25). José Márcio Ambrósio Vieira e José Maria de Assunção prestaram depoimentos acompanhados de seus advogados, segundo a PF.

Os dois foram acusados de participar de um esquema ilegal de liberação de alvarás pela prefeitura de Cuiabá para beneficiar a organização criminosa Comando Vermelho. O vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) foi apontado como o líder do arranjo e preso na última sexta-feira (20).

O parlamentar foi o único que teve a prisão decretada. Os outros seis nomes divulgados pela PF colaboram com as investigações em liberdade. São eles: José Márcio Ambrósio Vieira, Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, José Maria de Assunção, Ronney Antônio Souza da Silva e Maria Edinalva Ambrosio Vieira.

As investigações apontam que José Ambrósio era motorista e 'testa de ferro' de Paulo Henrique de Figueiredo. Movimentações financeiras apontam que ele recebeu dinheiro de integrantes da facção criminosa em suas contas e pagou despesas do vereador com os recursos ilegais. Pelos 'serviços', ficava com uma parte daquilo que entrava em sua conta. Além disso, a irmã de José Ambrósio, Maria Edinalva, cedeu seu nome para a compra de um Jeep Compass utilizado pelo parlamentar.

Já José Maria de Assunção é fiscal da Secretaria de Ordem Pública e assessor parlamentar de Paulo Henrique de Figueiredo. Ele é investigado por, supostamente, atuar no esquema de flexibilização nas fiscalizações das casas de shows e eventos realizados pela facção criminosa Comando Vermelho.

As investigações também apontam que José Maria recebia propina paga pelos membros do CV que eram depositadas nas contas de José Ambrósio, auxiliando na lavagem de dinheiro do crime organizado.

Segundo a PF, dois suspeitos serão ouvidos a cada turno, sendo que o vereador Paulo Henrique será o último a prestar depoimento, que está previsto para ocorrer na manhã desta quinta-feira (26).

DA REDAÇÃO