Caso de criança indígena com IST é investigado pelo MP
Menor que vive em uma aldeia no município de Comodoro foi diagnosticado com condiloma
O caso de uma criança indígena da etnia Nambikwara, que vive em uma aldeia de Comodoro e contraiu uma infecção sexualmente transmissível (IST), deve ser investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
A situação foi reportada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) - Cuiabá ao Ministério Público Federal (MPF), que relatou que a criança indígena foi diagnosticada com condiloma.
O Condiloma se caracteriza por uma verruga ou lesão na área genital causada pelo vírus HPV ou pela bactéria, que causa a sífilis.
O MPF recebeu a denúncia e a encaminhou para o Ministério Público de Mato Grosso para apurar prática de crime contra a dignidade sexual.
O procurador da República do MPF de Cáceres, Carlos Frederico Santos, aponta uma súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determina a "Justiça Comum Estadual processar e julgar crimes em que o indígena figure como autor ou vítima".
"A competência da Justiça Federal justifica-se somente quando a questão versar acerca de disputa sobre direitos indígenas e de comunidades tradicionais, incluindo as matérias referentes à organização social, seus costumes, línguas, crenças e tradições, bem como os direitos sobre as terras que tradicionalmente ocupam", argumenta.
A 2ª Câmara de Coordenação e Revisão, que é formado por procuradores da República, acataram mandar a denúncia para o MP de Mato Grosso averiguar no início de agosto.
ALLAN PEREIRA
Da Redação
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