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Sem poder contratar, Cuiabá fecha leitos de UTI por falta de médicos

Sem poder contratar, Cuiabá fecha leitos de UTI por falta de médicos

Seletivo realizado pelo município não teve número de aprovados de forma satisfatória

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A Secretaria Municipal de Saúde – SMS está à beira de um colapso na sua rede assistencial devido ao número insuficiente de médicos para cobrir os plantões e os atendimentos ambulatoriais nas atenções Primária, Secundária e Terciária. Tal fato já tem sido percebido pela população, que diariamente recorre à imprensa para reclamar da falta de médicos nos postos de saúde, UPAs e Policlínicas.

Para substituir estes profissionais, a SMS realizou um processo seletivo simplificado em janeiro deste ano, onde apenas para médicos, disponibilizou 414 vagas imediatas, sendo 300 vagas para clínico geral e as demais distribuídas pelas diversas especialidades médicas. “Passaram no processo seletivo apenas 88 médicos, sendo 75 clínicos gerais e 13 médicos especialistas. Destes 88 médicos classificados, assumiram os cargos apenas 50 clínicos gerais e 5 médicos especialistas. Contudo, dos 55 médicos que assumiram, 30 já faziam parte do quadro da SMS como contratados, e somente mudaram o vínculo para seletistas após o certame. Na prática, recebemos apenas 25 novos médicos na rede por meio do processo seletivo”, revelou a secretária municipal de Saúde, Suelen Alliend.

Com esse déficit de médicos, fracasso no processo seletivo, impedimento de novas contratações temporárias e término de contrato dos profissionais, a quantidade de profissionais está diminuindo a cada dia. “Por falta de equipe médica, houve a necessidade de bloquear 10 leitos de UTI no Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, o antigo PS. Nosso medo é ter demanda de pacientes para UTI e que não podermos utilizar estes leitos porque não temos profissionais para trabalhar, o que pode levar os pacientes ao óbito”, comentou Suelen.

De acordo com a secretária, o edital de um novo processo seletivo simplificado já está pronto, e deverá ser publicado no Diário Oficial do Município em breve. “Vamos realizar um novo certame para preenchimento das vagas sobressalentes. Mas é um processo que vai levar no mínimo 60 dias até começarmos a chamar os aprovados. Durante esse tempo teremos grandes dificuldades no atendimento médico. Decidimos fazer este alerta, para que possamos encontrar um meio junto à Justiça de evitar que o colapso por falta de profissionais aconteça na saúde pública municipal”, advertiu.

 

 

Da Redação

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