“UTIs lotadas e ele quer flexibilizar? É lastimável”, diz Mendes
04/03/2021
O governador Mauro Mendes (DEM) criticou as medidas adotadas pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) que flexibilizaram o decreto do Estado quanto às medidas que restringem a circulação de pessoas.
Para Mendes, Emanuel trata a pandemia do novo vírus com “conversa fiada” e “irresponsabilidade”.
“É muito lamentável. Lá no ano passado, quando as UTIs estavam vazias, o prefeito fez lockdown geral em Cuiabá. Tem lógica? Isso beira a irresponsabilidade. Agora, quando está com as UTIs lotadas, ele vem querer flexibilizar?”
“Acho que ele deveria, ao invés de gastar energia com isso, fazer a atenção básica do Município funcionar”, afirmou o governador à imprensa na tarde desta quarta-feira (3).
Ele abriu algum leito nesses últimos 60 dias [...] Tudo isso é muito lamentável e a gente vai continuar trabalhando com seriedade. Pois é assim que se resolve, não com conversa fiada e irresponsabilidade
O decreto de Emanuel foi derrubado pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na tarde desta quarta-feira. Agora, todos os municípios deverão fechar as atividades econômicas às 19h de segunda à sexta-feira e às 12h aos sábados e domingos.
O governador afirmou que o emedebista não abriu nenhum leito de UTI dedicado ao tratamento da Covid-19 neste ano.
“Ele abriu algum leito nesses últimos 60 dias? Tivemos que entrar na Justiça semana passada para fazer funcionar os leitos que ele dizia ter. A Justiça determinou que ele colocasse e só assim ele colocou".
"Tudo isso é muito lamentável e a gente vai continuar trabalhando com seriedade. Pois é assim que se resolve, não com conversa fiada e irresponsabilidade”, disparou Mendes.
“Não tínhamos dúvidas”
A decisão do desembargador Perri não surpreendeu Mauro Mendes. Ele garantiu que tinha certeza que a ação proposta pelo Ministério Público do Estado (MPE) seria acatada.
“Não tínhamos dúvida, pois conhecemos a legislação brasileira, sobre o que fala em relação a segurança, saúde e vigilância sanitária. Medidas mais restritivas prevalecem sobre outras de natureza mais leve”, disse Mendes.
“Quando há uma dúvida de interpretação entre cidadãos, Poderes e instituições, quem decide é a Justiça. O MPE, como fiscal, deve fiscalizar, e entendeu que deveria representar e o TJ decidiu”, emendou.
CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
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