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Jornaleiro mais antigo de Cuiabá comemora 52 anos de profissão

Jornaleiro mais antigo de Cuiabá comemora 52 anos de profissão

23/03/2020

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Nas mãos dele já passaram os jornais mais importantes de Mato Grosso. Tribuna Cuiabana, Jornal do Dia, Equipe, Jornal do Ônibus, Estado de Mato Grosso, Folha do Estado e Correio da Imprensa são alguns dos impressos que ele vendeu ao longo dos mais de 50 anos como jornaleiro. Natalino Gomes, 61, começou a entregar jornais aos 9 anos e tem clientes que continuam com ele até hoje.

 

 

 

 

 

 

Foi entregando os jornais na madrugada que ele acompanhou o crescimento de Cuiabá, a mudança nas pessoas e o quanto as notícias mudaram ao longo dos anos. “Não faço ideia de quantos jornais entreguei na minha vida. Pegava os pacotes no caminhão e subia a Prainha. Ficava vendendo no meio da Avenida Getúlio Vargas. A gente ganhava o ouro, mas deixava o couro”, lembra Natalino.

O dia do ano com maior venda de edições era o que saia o resultado do vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e que os candidatos corriam para comprar o jornal bem cedo. “Era disputado, vendia 100 jornais rápido. As pessoas disputavam até no palito para ver quem ficava com o último do dia”.

Apesar do crescimento da internet, ele afirma que se mantém fiel ao impresso e é no Jornal A Gazeta onde ele se informa sobre o acontece em Mato Grosso, no Brasil e no mundo. “Tenho o maior orgulho de pegar um jornal para ler. Vejo a capa, o que tem esportes, polícia, política. É um costume que tenho todos os dias”.

Nesses mais de 50 anos de trabalho, ele já carregou, dobrou, colocou em fardos e deixou jornais na porta milhares de vezes. Na profissão ele mantém clientes fiéis, que encomendam a edição do jornal desde que Natalino começou as entregas, aos 9 anos.

Chico Ferreira

Jornaleiro / Vendedor de Jornal

Natalino Gomes / Natal

“Tenho um cliente na rua Major Gama que antes de falecer ele disse para os filhos que era para continuar assinando o jornal e os filhos continuam até hoje”, conta o jornaleiro.

Para que o jornal chegue aos clientes antes da hora do café da manhã, ele chega ao local de distribuição às 3 horas para pegar seu malote e começar as entregas. E mesmo no seu dia de folga, o domingo, não consegue ficar na cama até mais tarde. “Meu organismo já está acostumado, não consigo acordar tarde. Está no meu sangue”.

Se alguém fala em aposentadoria, porque ele já passou dos 60 anos, Natalino garante que ainda tem muito jornal para entregar. “Vou continuar até a hora que Deus me der aval. As pessoas falam que o jornal vai acabar, mas eu acredito que não, que essa estrutura é necessária para as pessoas e sempre vai ter alguém para ler”.

 

 

 

Thalyta Amaral

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