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Funcionários dos Correios de VG relatam assédio e precarização do serviço

Funcionários dos Correios de VG relatam assédio e precarização do serviço

16/01/2020

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Os funcionários da agência dos Correios, localizada na avenida Couto Magalhães em Várzea Grande, cruzaram os braços por tempo indeterminado desde o início manhã desta quarta-feira (15). A greve dos trabalhadores é um protesto contra a precarização do serviço de atendimento ao público na unidade, além de denúncias de assédio moral.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Correios, Alexandre Aragão, o desmonte do serviço foi acontecendo gradativamente, conforme as unidades do Parque do Lago e Aeroporto fecharam, concentrando todo o serviço na agência da Couto Magalhães.

A agência conta atualmente com sete funcionários, que atendem toda a população de Várzea Grande. Antes, eles ficavam no balcão para atendimento ao público. No entanto, quatro trabalhadores foram transferidos para carimbar cartas no fundo do prédio. As mudanças não foram explicadas para os usuários.

“A empresa ultimamente vem diminuindo a quantidade de trabalhadores, com a função que elas se encaixam, como pagamento de boletos, água, luz, serviço bancários. Então ela diminuiu para três trabalhadores lá (no atendimento) e os quatro trabalhadores que retiraram do balcão, mas continuam lá no prédio”, relata.

Com apenas três funcionários atendendo no balcão, a população começou a fazer diversas reclamações, como demora na prestação dos serviços e acúmulos de fila. Além dos serviços de postagem de cartas simples, cartas registradas e Sedex, o público pode despachar encomendas e realizar serviços bancários no Banco Postal para pagamento de contas e boletos, saques, depósitos e outros.

“Está gerando muito tumulto, filas e reclamação por parte da população. Eles estão certos, mas de qualquer forma, ouvir as reclamações não é muito legal. Essa é a parte que estávamos reivindicando pra voltar para melhor atender a população”, explica o presidente do sindicato.

Além da redução do quadro de atendentes, os funcionários relataram episódios de assédio por parte dos gestores. O diretor do Sintect-MT, Luciano Gomes da Rocha, cita como exemplo o caso de uma servidora que estava de férias e foi acionada, por celular, para que “comparecesse à unidade, mas sem especificar o motivo”.

Ao chegar na agência, a servidora foi informada que perdeu a função de “quebra de caixa por baixa produtividade”. Nesta quarta-feira, alguns servidores foram impedidos de entrar na Unidade e foram avisados que terão o ponto cortado. O presidente do sindicato informa que o ponto cortado é uma realidade na agência.

Ainda conforme Aragão, cerca de 60 funcionários dos Correios de Mato Grosso também foram transferidos dos guichês para trabalhar em funções internas, prejudicando o atendimento no estado inteiro.

Os funcionários irão protocolar a denúncia junto ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).

 

 

 

Vitória Lopes

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