Em réplica, promotor diz que absolvição é nefasta, nojenta e asquerosa
08/11/2019
Promotor de Justiça Allan do Ó citou na réplica que uma absolvição dos reús seria uma benesse odiosa, nefasta, asquerosa e nojenta. "Estou falando de um fato, infelizmente, dos que mais mancharam a história da nossa honrada Polícia Militar", disse o representante do Ministério Público ao defender a condenação dos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, cabo Gerson Correa, no processo da grampolândia pantaneira, nesta quinta-feira (7), segundo dia de julgamento de 5 militares.
Contra os também acusados, coronel Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Batista, o MPE se manifestou pela absolvição dos dois.
Chico Ferreira
Ao se dirgir ao Conselho de Sentença, o promotor sustentou que uma eventual chancela de "vossas excelências a um perdão judicial pode ensejar uma total impunidade em dos casos mais nefatos". "Estou falando da grampolândia, temos farta documentação, temos vários pedidos de quebra de sigilo de interceptação", reiterou.
O promotor relembrou que o cabo Gerson colocou, inclusive, o número do telefone da própria esposa nas interceptações telefônicas em duas situações diferentes.
O promotor pediu para dar uma resposta à sociedade. "Coronel Zaquel já disse é uma pessoa honrada, ponto. Vai lá buscar a ficha deste moço, só tem elogio, isso não vai ser apagado da vida dele. Ele errou e deve ser responsabilizado", sentenciou o membro do MPE.
O julgamento é conduzido pelo juiz Marcos Faleiros.
Conselho de sentença
Conselho de sentença é formado por 4 coronéis da reserva remunerada da Polícia Militar. São eles: Elierson Metello de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luiz Cláudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira. (Colaborou Ana Flávia Corrêa).
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