Confira o que se sabe sobre a morte da adolescente assassinada pelo padrasto em Cuiabá
Heloysa foi morta e teve o corpo jogado em um poço de 9 metros no bairro Ribeirão do Lipa.
A última terça-feira (23) foi marcada pelo assassinato da adolescente de 16 anos Heloysa Souza, brutalmente morta pelo padrasto Benedito Santana, seu filho e mais dois adolescentes. Uma das versões dadas pelo assassino foi de que a mãe da menor havia encomendado o crime por não aceitar que ela era lésbica. Confira o que se sabe até o momento sobre o feminicídio.

Heloysa foi morta e teve o corpo jogado em um poço de 9 metros no bairro Ribeirão do Lipa. Ela foi sequestrada e torturada dentro de sua casa. A mãe dela, que chegou depois que a adolescente já estava amarrada, foi agredida pelos criminosos, que fugiram levando Heloysa, o carro da família e pertences pessoais.
Pelas câmeras de segurança da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) o carro foi localizado com Gustavo Santana, de 18 anos, filho de Benedito. Ele confessou o feminicídio e contou ainda que o pai foi o mandante do crime executado com a ajuda de dois colegas de escola.
Enquanto a prisão ocorria, Benedito levou a companheira, que estava ferida por causa das agressões, para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Jardim Leblon, em Cuiabá. Ele chegou a fazer um pedido para que as pessoas ajudassem a localizar a adolescente, que até então estava desaparecida após ser sequestrada.
Após as investigações, que levaram à prisão de pai e filho e apreensão dos dois adolescentes, eles foram denunciados pela Polícia Civil por feminicídio, tentativa de feminicídio (contra a mãe de Heloysa), roubo majorado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Depois de preso, primeiro o padrasto decidiu ficar em silêncio, mas depois acabou confessando o crime. Ele disse que o objetivo não era matar, mas apenas "dar um susto" na adolescente a pedido da mãe dela. O motivo para as agressões seria o fato da menor ser lésbica.
No entanto, contrariando a versão do pai, Gustavo afirmou em seu depoimento que o crime teria sido cometido porque Benedito estava com ciúmes da companheira porque descobriu no celular dela uma troca de mensagens com o ex-marido. O plano era matar a adolescente e sua mãe.
O padrasto, com quem a mãe se relacionava há cinco meses, era um homem considerado acima de qualquer suspeita. Ele era líder religioso católico, sendo um dos coordenadores da Capela Nossa Senhora de Santana, localizada no Distrito da Guia, em Cuiabá. Benedito também fazia parte do Grupo de Terço dos Homens.
Com a repercussão do caso, ele acabou demitido da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci). Antes disso trabalhou no gabinete da deputada estadual Janaina Riva (MDB), na Prefeitura de Cuiabá e na Empresa Cuiabana de Saúde (ECS).
Mas as acusações de Benedito à mãe de Heloysa não passaram em branco. Depois do depoimento a família da adolescente publicou uma nota onde afirma que ele quer "transferir a responsabilidade de seu ato bárbaro".
"Trata-se de uma tentativa desesperada de criar uma narrativa distorcida para atenuar sua responsabilidade penal, o que não será tolerado. A família está devastada pela dor da perda e profundamente indignada com a tentativa de vilipêndio à honra de sua mãe", diz ainda trecho da nota.
POR J1
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