O governador Mauro Mendes (União Brasil) garantiu que os escândalos de corrupção que assolaram a saúde mato-grossense ficaram no passado. Para o gestor, a administração do Hospital Central pela Organização Social de Saúde (OSS) ligada ao Hospital Albert Einstein estabelecerá uma nova era no modelo de gestão hospitalar, com mais eficiência nos atendimentos e empenho de recursos. Na próxima semana a diretoria do hospital estará em Cuiabá.

Em relação às experiências negativas vividas em Mato Grosso com OSS, o governador ainda argumentou que no passado os pagamentos eram atrasados pelas gestões e a comparação com o cenário atual é impossível. Mendes ainda acrescentou, sem citar nomes, que “todos nós sabemos o nome desses atores e como eles agiam” e assegurou que “vivemos tempos totalmente diferentes”.

“Vocês não podem querer comparar as OSS que vieram no passado, com os comportamentos que tinham os políticos no passado, com os escândalos que esses políticos protagonizaram com esse momento que a gente vive. Governos que atrasavam o pagamento por meses, assim não há quem preste bom serviço. Não há que se fazer comparação dos tempos atuais com os tempos de um passado negro, obscuro, cheio de escândalos de corrupção”, disse a imprensa nessa terça-feira essa semana.

Questionado sobre as ponderações feitas pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) sobre a gestão do Hospital pelo Albert Einstein, Mendes elevou o tom e indagou se os presentes teriam dúvidas em relação à capacidade do renomado hospital para gerir a unidade.

“O deputado Lúdio tem as opiniões dele. Agora, ele vai questionar que o Albert Einstein, que é o melhor hospital do Brasil, não tem competência? Ele acha que o hospital de São Paulo vai mudar para cá? Alguém pensa isso, por acaso?”, disse o governador. Um dos pontos levantados por Lúdio é de que a OSS contratada pelo Estado tem o Albert Einstein em seu quadro, mas não é a “grife” o principal ator na organização. Para o parlamentar, Mauro tem anunciado a marca, mas a realidade não é um hospital gerido por ele.

A primeira-dama Virginia Mendes, que também estava presente na coletiva, horas antes do lançamento do espetáculo Auto da Paixão de Cristo 2025,na Arena Pantanal, adentrou a fala e questionou se o parlamentar seria contra a gestão do hospital.

“Quando eu estive doente na prefeitura, perdendo o meu rim, eu fui para o Einstein porque meu plano de saúde era de lá. Aqui não tinha transplante. Eu fui tratada lá e ele criticou porque eu estava sendo tratada lá. Nós estamos trazendo o melhor hospital do Brasil para tratar a população aqui. É contra?”, questionou.

Já na manhã de quarta-feira (16), o deputado Lúdio Cabral respondeu que nunca fez ataques pessoais à primeira-dama. “De forma alguma, não é do meu feitio, do meu comportamento, fazer críticas a questões de natureza pessoal, jamais fiz isso e jamais farei”, justificou. Cabral ainda citou que quando faz oposição ao governo é de forma propositiva e não pessoal.