Força do Campo - Valor da produção agropecuária de MT em 2025 é estimada em quase R$ 200 bilhões
VBP do Estado fica maior puxado pela oferta e não pela valorização das cotações da soja, segundo o Imea
Dados da 2ª estimativa de 2025, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontam que o Valor Bruto de Produção (VBP) da agropecuária está prevista em R$ 199,79 bilhões.
Esse valor representa uma alta de 7,30% em relação à projeção anterior e está 14,98% acima do observado em 2024.
O VBP é o cálculo da produção dentro das propriedades, ou seja, da porteira para dentro, levando em conta preços médios do mercado e a produção.
Os analistas do Imea chamam à atenção em relação ao VBP da soja.
A oleaginosa corresponde por 44,56% do VBP total, o equivalente a R$ 89,03 bilhões, incremento de 10,61% em comparação à estimativa anterior e 20,09% acima do valor registrado em 2024.
“Esse desempenho é pautado pela perspectiva de produção recorde de soja na safra 2024/25, que apresentou crescimento de 27,05% em relação à temporada passada. Apesar da produção elevada, os preços praticados nesta temporada estão abaixo dos da safra anterior, o que é um ponto de atenção para o VBP”.
Com a oferta de soja no estado praticamente consolidada, o fator que deve influenciar as próximas estimativas do VBP é o comportamento dos preços, visto que ainda restam mais de 40% da produção a ser negociada em Mato Grosso.
ESMAGAMENTO – Os analistas do Imea destacaram ainda que em esmagamento de soja, em março deste ano, em Mato Grosso atingiu um novo recorde para o mês, totalizando 1,21 milhão de toneladas processadas.
Isso representa um aumento de 13,45% em relação a fevereiro e de 3,81% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Esse desempenho está relacionado, principalmente, à ampliação da capacidade de processamento das indústrias em 2025.
Além disso, a retomada das atividades de algumas unidades que estavam em manutenção no mês anterior também contribuiu para o elevado volume registrado”, explicam os analistas do Imea.
No que se refere à margem bruta de esmagamento, o indicador fechou março com média de R$ 662,61/t, uma queda de 10,70% em relação ao mês anterior, influenciada pela desvalorização dos coprodutos e pela elevação no preço da oleaginosa no estado.
Na primeira quinzena de abril, a margem bruta de esmagamento apresentou redução de 1,38% em relação à última quinzena de março, encerrando com média de R$ 649,17/t, reflexo da alta nos preços da soja.
Marianna Peres
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