Desembargador recebeu propina com barras de ouro e por familiares
28/03/2025
Ao abrir um Procedimento Administrativo Disciplicar (PAD) contra o desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Sebastião Moraes Filho, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelou que mensagens trocadas entre o magistrado e o advogado Roberto Zampieri revelam como se dava o pagamento de propina para a concessão de decisões favoráveis aos interesses do advogado, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá. Entre as mensagens, foi identificado que o magistrado recebeu duas barras de ouro em troca de uma decisão e, além disso, usava familiares para receber propina.
Outra prática irregular identificada é a de que a esposa e o filho do desembargador eram servidores do Judiciário lotados no gabinete de um juiz, mas trabalhavam, de fato, com o desembargador afastado.
Ao todo, o CNJ identificou 768 mensagens trocadas entre Zampieri e Sebastião Moraes. Nelas, teria sido constatado que o advogado morto, que atuava como um lobista no Judiciário Estadual, "orientava" sobre como o desembargador deveria agir.
"Há relevantes indícios de desvios de conduta do desembargador em afronta aos deveres funcionais previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e no Código de Ética da Magistratura Nacional", diz o responsável pela abertura do PAD, ministro corregedor Mauro Campbell Marques.
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