A Justiça de São Félix do Araguaia – MT, decretou novamente a prisão preventiva de Jhon Silva Rodrigues, investigado por participação no homicídio do comerciante Carlos Ferreira Brito, ocorrido no dia 6 de agosto de 2024 neste município. Além disso, o Poder Judiciário determinou o recambiamento do executor do crime, Marcelo Augusto Pereira da Silva, do estado do Tocantins para o Mato Grosso, reforçando o rigor das medidas adotadas contra os envolvidos.

Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, a partir dos primeiros depoimentos e análises das câmeras de segurança, conseguimos identificar a suspeita de um veículo utilizado pelos autores do crime. O cruzamento de informações com dados telefônicos e depoimentos de testemunhas foi fundamental para confirmar a participação de Jhon Silva Rodrigues”, explicou o delegado responsável pelo caso.

Além disso, foi realizada uma operação conjunta entre as Polícias Civis de Mato Grosso e Tocantins para localizar e prender Marcelo Augusto Pereira da Silva, apontado como o executor direto do crime. A ação ocorreu em uma propriedade rural no interior do Tocantins, onde Marcelo estava escondido. De acordo com o relatório policial, ele teria oferecido resistência no momento da prisão, mas foi capturado sem ferimentos após a negociação. Marcelo tentou se esconder em diferentes cidades ao longo das últimas semanas, mas nossas equipes estavam monitorando seus passos. A Policia prendeu antes que ele fugisse novamente para uma região de difícil acesso.

As autoridades ainda mantêm parte das investigações sob sigilo, mas informações preliminares apontam que o crime pode ter sido motivado por uma disputa comercial envolvendo a vítima e um dos suspeitos. Carlos Ferreira Brito era proprietário de uma rede de pequenos estabelecimentos comerciais em São Félix do Araguaia e tinha uma boa relação com a comunidade local.

No dia do crime, Carlos foi atraído para uma área afastada da cidade, onde foi abordado pelos criminosos. Testemunhas relatando ter visto o comerciante conversando com uma pessoa desconhecida pouco antes do desaparecimento. O corpo foi encontrado horas depois, em uma estrada vicinal, com sinais de violência, o que confirmou a hipótese de execução premeditada.

Durante a fase mais recente das investigações, testemunhas-chave prestaram depoimentos que ajudaram a esclarecer o papel de cada acusado no crime. Uma das testemunhas, que preferiu não ser identificada por razões de segurança, revelou que havia percebido uma movimentação estranha em veículos próximos ao local onde Carlos foi encontrado.

Com a prisão dos principais suspeitos e o avanço das investigações, o processo seguirá para julgamento no Tribunal do Júri. A Justiça já determinou que Jhon Silva Rodrigues e Marcelo Augusto Pereira da Silva sejam julgados por homicídio qualificado, crime cuja pena pode ultrapassar 40 anos de reclusão,  especialmente em casos de premeditação, motivo torpe e emprego de meio cruel. “O júri popular é uma forma importante de garantir que a sociedade participe diretamente do processo de Justiça, especialmente em crimes de grande repercussão”, destacou um advogado criminalista consultado pela reportagem.

A mobilização popular também ganhou força em São Félix do Araguaia, com moradores realizando manifestações em apoio à família da vítima e exigindo uma punição exemplar para os responsáveis. Faixas e cartazes com frases como “Justiça para Carlos” e “Chega de violência em nossa cidade” foram exibidos em frente ao Fórum local.

As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil não descartou a possibilidade de novas prisões nos próximos dias. O delegado responsável pelo caso garantiu que todos os envolvidos no crime serão identificados e levados à Justiça. A policia está trabalhando para fechar todas as lacunas dessa investigação. Não irá descansar até que todos os envolvidos sejam responsabilizados na forma da lei.

A população de São Félix do Araguaia permanece atenta aos próximos desdobramentos, enquanto familiares e amigos aguardam, com esperança, por uma sentença que traga justiça e paz para a memória de Carlos Ferreira Brito.

PJC de S.F.A