Mauro Mendes propõe câmeras corporais para magistrados e causa crise com o Judiciário
"Tem juiz que também vende sentença, desembargador vendendo sentença. Então vamos botar câmeras em todos os juízes, desembargadores", disse Mendes
A fala do governador Mauro Mendes (União), de que os juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) também deveriam usar câmeras corporais para impedir as vendas de sentenças, criou uma crise com o Judiciário, com direito à nota de repúdio do presidente do TJMT, José Zuquim Nogueira.
Em entrevista á rádio CBN Cuiabá nesta semana, o governador afirmou que se os policiais usarem câmeras corporais para impedir crimes, outras categorias também deveriam utilizar esses aparelhos com a mesma finalidade.
"Tem juiz que também vende sentença, desembargador vendendo sentença. Então vamos botar câmeras em todos os juízes, desembargadores", disse na entrevista.
Em meio a essa crise, o presidente do TJMT divulgou uma nota repudiando a fala de Mauro Mendes. "Não se pode admitir que o chefe do Poder Executivo, em uma entrevista pública, coloque em dúvida a honra e a honestidade de todos os membros do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso".
E ainda que a fala foi "irresponsável", tendo o agente político o dever de "se pronunciar com esmero e equilíbrio, diferentemente do lamentável episódio protagonizado pelo governador".
A crise foi tamanha que o Governo precisou emitir uma nota para tentar desfazer a confusão. Ele disse que a afirmação foi "genérica" e "a frase foi interpretada de forma equivocada, pois circulou uma versão com corte".
"O governador Mauro Mendes não atacou a magistratura estadual ou qualquer outra categoria, fato que fica evidente em sua declaração", diz ainda a nota.
POR J1
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