Advogados e líderes do CV são condenados a 35 anos de prisão
14/01/2025
Tiago Telles, Robson Júnior Jardim dos Santos e Paulo Henrique Campos de Aguiar, apontados como líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, foram condenados juntamente com os advogados Roberto Luis de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e Hingritty Borges Mingotti a penas que somam quase 35 anos de prisão, em regimes fechado e semiaberto, por envolvimento na organização destinada à prática de tráfico de drogas. Eles foram alvo da Operação Gravatas. Os advogados atuavam como informantes da facção.
A sentença é da 5ª Vara Criminal de Sinop (500 km ao Norte) em ação penal ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Estado de Mato Grosso (Gaeco).
Tiago Telles foi condenado a 7 anos, um mês e 10 dias de reclusão, além de 23 dias-multa. Robson Júnior Jardim dos Santos recebeu condenação de 6 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa. E Paulo Henrique Campos de Aguiar teve a pena fixada em 6 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa.
Conforme a sentença, os dois primeiros são os líderes da organização criminosa Comando Vermelho em várias cidades, englobando Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e parte de Sorriso. Já Paulo Henrique é considerado o “braço direito” de Tiago. Os 3 deverão iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Roberto Luis de Oliveira foi condenado a 5 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e 19 dias-multa. A pena de Jéssica Daiane Maróstica foi arbitrada em 4 anos e 8 meses de reclusão, além de 16 dias-multa; assim como a de Hingritty Borges Mingotti foi fixada em 5 anos e 4 meses de reclusão e 17 dias-multa. Os 3 advogados iniciarão o cumprimento da pena em regime semiaberto.
O advogado Tallis de Lara Evangelista, que também era réu, foi absolvido. Já o réu Leonardo Qualio, que é policial militar, está respondendo perante a Justiça Militar.
A Operação Gravatas foi deflagrada em março do ano passado pela Delegacia da Polícia Civil de Tapurah, visando cumprir 16 ordens judiciais, sendo oito prisões preventivas e oito buscas e apreensões, contra quatro advogados, um policial militar e três líderes de uma facção criminosa custodiados no sistema prisional. Os mandados foram cumpridos em Sinop e Cuiabá.
De acordo com as investigações, os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos advogados, que representavam o “braço jurídico” do grupo. Assim, eles agiam à margem da lei para obstruir investigações policiais, fornecer informações em tempo real sobre a atuação policial e intermediar a comunicação entre os líderes da organização criminosa presos e demais membros em liberdade, além de outros ilícitos.
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