A Polícia Judiciária Civil prendeu no dia 15 de novembro na cidade de Morzalândia , interior de Goiás o médico ortopedista Célio Eije Tobifawa, de 55 anos, acusado de abusar sexualmente de pacientes durante tratamento médico no Hospital Municipal Prefeito João Abreu Luz em São Felix do Araguaia a 1.159 km de Cuiabá. O Delegado da Polícia Judiciária Civil de São Félix do Araguaia, Ivan Albuquerque Soares mais uma vez mostrou o seu profissionalismo e preocupação pela população são-félixcensse ao representar pela prisão preventiva do investigado, a justiça.

Conforme apurado no Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia, no dia 07 de novembro de 2024, após o cometimento dos atos libidinosos, a diretoria do Hospital comunicou a Polícia Civil, o investigado fugiu para destino ignorado. A direção do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Araguaia – (CISA) cancelou o contrato com o profissional e o médico fugiu da cidade.

De acordo com informações, o médico sedou o paciente indígena, após uma cirurgia na clavícula quando o investigado manipulou indevidamente seu órgão genital. As imagens das câmeras do hospital registrou todo o momento do abuso do médico, a família do paciente está indignada e procurou a direção do hospital, onde foi levado ao Ministério Público Estadual.

Segundo o Termo de rescisão contratual, o motivo da demissão do médico foi diversas reclamações por parte dos pacientes atendidos, que noticiaram condutas inadequadas por parte do prestador de serviços, incluindo falta de empatia, maus tratos verbais, humilhações e grosserias, entre outras coisas. Logo, e a conduta do profissional não se adequou às exigências éticas e de bom trato necessários ao atendimento médico. Os relatos de pacientes, acompanhados de evidências consistentes, apontam que o contratado tem agido de maneira contrária aos princípios da ética médica e do bom atendimento ao público, o que configura descumprimento contratual.

Tobiwawa já cumpriu pena na cadeia publica de São Félix do Araguaia e em uma decisão, do dia 24 de julho de 2018, a juíza Janaína Cristina de Almeida, da Segunda Vara Criminal e Cível, atendeu a um pedido da Procuradoria Jurídica do Município de São Félix do Araguaia, que justificou a saída temporária do preso pela falta de médico ortopedista na cidade.

Na época a Justiça levou em consideração o fato de que, apesar da condenação pelo crime de estupro, o registro do médico não estava suspenso ou cancelado. O médico é especialista em cirurgia de mãos, notoriamente reconhecido na comunidade local como um excelente profissional da área da saúde.

O Ortopedista possui péssimos antecedentes, personalidade voltada para os crimes de natureza sexual, sem arrependimento ou mudança de comportamento. Ele possui um histórico assombroso, arruinando não só a segurança psicológica da vítima, mas também abalando pessoas envolvidas direta ou indiretamente. O procedimento era praticamente sempre o mesmo, com Tobisawa se aproveitando da sedação dos pacientes para fazer sexo oral neles, que não conseguiam reagir.  Ele é acusado de abusar sexualmente de pacientes em todos os hospitais por onde trabalhou.

O processo pode resultar na cassação do diploma de médico. Em setembro de 2022 o Conselho Regional de Medicina do Estado do Mato Grosso  aplica pena disciplinar de suspensão do exercício profissional apenas por 30 (trinta) dias.

A prefeita Janailza Taveira através do do CISA contratou um novo profissional especializado em ORTOPEDIA para atender os Pacientes dos Munícipes de São Félix do Araguaia-MT, Luciara-MT, Alto Boa Vista-MT e Comunidade Indígena.

Vanessa Lima/O Repórter do Araguaia