Presidente da Aprosoja-MT sinaliza aproximar de Lula: “não somos partidários”
Segundo ele, o setor preferia Bolsonaro por causa da “segurança jurídica”
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, afirmou que o setor do agronegócio sinaliza uma aproximação com o presidente Lula (PT). Ele declarou que as entidades são políticas, mas não partidárias e reconheceu que os produtores tinham mais ‘simpatia’ pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na busca pela reeleição no pleito de 2022, quando diversos “barões do agro” no Estado apoiaram publicamente a reeleição e fizeram doações em dinheiro à campanha de Bolsonaro.
O discurso de aproximação é sempre endossado pelo ministro de Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, devido ao trabalho feito pelo petista nos governos anteriores e em seu atual mandato. “Agora mesmo nós estávamos com outras entidades e a gente falava isso. Acho que há de fazer uma separação. As entidades são políticas, porém não partidárias. Então elas defendem o interesse dos produtores”, enfatizou Lucas Beber.
O representante do setor agrícola reconheceu que havia uma simpatia maior pelo governo anterior, devido à sua ênfase em segurança jurídica e direito à propriedade. Ele elogiou, inclusive, o governador Mauro Mendes (UB) por sua iniciativa de promover a “invasão zero” nas propriedades privadas.
“Claro que cada um é livre para escolher o seu candidato, mas as entidades jamais foram partidárias. E sim, defendemos políticas que tragam segurança. A gente espera, em alguns aspectos, que o atual governo também ouça o setor e traga essa segurança, porque isso faz com que o produtor tenha mais segurança para investir, também para atrair investimento de fora”, destacou o presidente da entidade, durante entrevista na última quarta-feira (27).
O presidente da Aprosoja-MT, enfatizou que o discurso do setor não é contra nenhum governo em particular, mas sim a favor de políticas que beneficiem o agronegócio. Ele expressou otimismo em relação ao futuro e à possibilidade de ajustes nas relações políticas.
“É natural que não se tenha um discurso tão xiita, digamos assim, contra o nosso setor. Acho que aos poucos as coisas vão se ajustando, e por isso que a gente não pode falar de política partidária, mas sim de políticas que defendam o setor”, concluiu.
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