Juiz entende que não há indícios suficientes de crime e relaxa prisão de Lutador preso por se passar por PM
Segundo a decisão, não há provas de que o suspeito tenha obtido vantagem para si, ou para outra pessoa, ao utilizar o uniforme.
Na noite de sábado (30) durante a audiência de custódia do lutador de Jiu-jitsu identificado pelas iniciais E.S.A., de 20 anos, preso em flagrante ao possuir uniformes militares e se passar por Policial Militar em suas redes sociais e em comércios do município de Sinop, o juiz decidiu por relaxar a prisão do falso PM por não ter indícios suficientes da prática de crime.
Conforme a decisão do magistrado, não há nos autos de prisão elementos que evidencie que E. obteve vantagem para si ou para outra pessoa, não trouxe prejuízo alheio, nem induziu alguém ao erro. Além disso, o juiz afirmou que não há provas de que o suspeito tenha utilizado as fotos das redes sociais e o uniforme da Força Tática, encontrado pela PM em sua casa, para se atribuir falsa identidade com o intuito de obter vantagem, em proveito próprio para causar dano a outras pessoas.
Sobre o print recebido pela proprietária da casa alugada pelo suspeito, onde uma terceira pessoa avisa sobre o atraso do pagamento do aluguel do falso PM, foi decidido que não há comprovação da prática de crime.
O advogado de defesa criminal Dener Felizardo, se manifestou pela não homologação do flagrante, ante a ausência dos requisitos legais e, consequentemente, pugnou pelo relaxamento da prisão. Concluindo que não há indícios suficientes para comprovar os crimes cometidos pelo suspeito que possam justificar a prisão em flagrante, o juiz decidiu pelo relaxamento da prisão ilegal.
Entenda o caso
Conforme informações obtidas pelo Mídiajur, a Polícia Militar recebeu diversas denúncias de que um homem estava se passando por PM em suas redes sociais, onde fazia postagens com uniformes militares.
Na tarde de sexta-feira (29) uma mulher de 22 anos, fez uma denúncia contra o lutador junto a PM dizendo que E. lhe informou, via WhatsApp, que iria atrasar o pagamento do aluguel de uma das quitinetes da qual ela é a proprietária, pois “A PM, através do Fórum” teria atrasado o suposto pagamento do falso policial. A denunciante informou o endereço do suspeito aos militares, localizado no bairro Jardim Maringá I.
Uma equipe da Força Tática foi até o local informado e encontrou o suspeito na casa de número 8, onde algemou E., devido ao seu porte atlético e iniciou uma busca pela residência. No apartamento, os agentes encontraram um uniforme da Polícia Militar com duas divisas de 3º Sargento, um listel de Operações Especiais, um brasão da Escola Militar Tiradentes, um par de coturnos e um simulacro de arma de fogo do tipo pistola. Momento em que o suspeito foi preso e encaminhado a Central de Flagrantes.
Nota do editor: inicialmente a matéria havia sido publicada afirmando que o suspeito teve liberdade provisória concedida, entretanto houve um relaxamento na prisão do acusado. Diante disso o erro foi corrigido de imediato.
CECÍLIA NOBRE
Da Redação
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