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Moraes vê chances de acordo em ação que emperra Ferrogrão

Moraes vê chances de acordo em ação que emperra Ferrogrão

Ele remeteu caso para setor do Supremo Tribunal Federal que busca soluções alternativas para litígios

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu ao Centro de Soluções Alternativas de Litígios (Cesal) da Corte a Ação Direta de Inconstitucionalidade que questiona a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA) com a destinação da área suprimida à Ferrogrão. O centro terá 60 dias para apresentar sugestões para solução da controvérsia.

Com cerca de 1.000 km de extensão e um custo de R$ 20 bilhões, a Ferrogrão foi pensada para escoar a produção de Mato Grosso pelo chamado Arco Norte, na Amazônia, indo de Sinop (MT) e a Miritituba (PA), no rio Tapajós.

  O Cesal foi criado para apoiar os gabinetes na busca de soluções consensuais de questões jurídicas e a prestar auxílio na resolução dos litígios estruturais e das demandas complexas da competência da Suprema Corte.

A providência adotada pelo ministro leva em conta manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU), embasada em informações técnicas prestadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que apontam a possibilidade de acordo a respeito da controvérsia.

O relator também autorizou a retomada dos estudos e dos processos administrativos relacionados à estrada de ferro, em especial os que estão em tramitação na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no Ministério da Infraestrutura e no Tribunal de Contas da União (TCU). A execução dos projetos ficam condicionadas à autorização do STF.

Alteração

A lei questionada excluiu cerca de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim e destinou-os aos leitos e às faixas de domínio da Ferrogrão e da BR-163.

Na ADI 6553, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) sustenta, entre outros pontos, que a lei afeta os povos indígenas que habitam a região e que o Parque do Jamanxim e´ um patrimo^nio cultural imaterial.

  Em 2021, Alexandre de Moraes havia suspendido a eficácia da lei, por entender que o território de unidade de conservação não poderia ter sido alterado por meio de MP.

Suspendeu, ainda, os processos relacionados à Ferrogrão. Ao remeter o caso à conciliação, o relator manteve a suspensão, por entender que há risco de que a norma produza efeitos irreversíveis.

Estrada de ferro

Em relação à Ferrogrão, o ministro destacou sua importância para o escoamento da produção de milho, soja, farelo e óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados de petróleo. Frisou ainda que a obra pode reduzir a emissão de gases poluentes e os acidentes nas rodovias, além de gerar 373 mil empregos diretos e indiretos.

Segundo ele, a ferrovia deve reduzir R$ 19,2 bilhões no custo do frete em relação à rodovia e aumentar a arrecadação tributária em R$ 6 bilhões, além de gerar compensações socioambientais estimadas em mais de R$ 735 milhões.

 

 

DA REDAÇÃO

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