A Polícia Civil prendeu 322 autores de crimes contra mulher durante a Operação Átria realizada em Mato Grosso, durante o mês de março em Mato Grosso. Entre os delitos estão violência doméstica, estupro, feminicído, agressão, lesão corporal, entre outros.

As prisões ocorreram por meio de ações repressivas e preventivas que somaram 1.205 visitas e diligências. De acordo com o levantamento da operação, 1.536 vítimas foram atendidas em 86 municípios e, entre elas, 63 precisaram ser resgatadas enquanto outras 33 ações foram necessárias para retiradas de pertences.

Ainda de acordo com os dados apresentados nesta quarta-feira (29), foram instaurados 668 inquéritos policiais para apurar inúmeros registros de crimes contra mulheres, adolescentes e crianças. Além disso, foram apreendidas 56 armas brancas, 20 armas de fogo e 150 munições.

Ao comentar os números alcançados pela operação, a títular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso (DEDMCI-VG) de Várzea Grande, Mariell Antonini Dias, enfatizou que além da ação do Poder Público, a sociedade também precisa eliminar a visão discriminatória da desigualdade de gênero para a prevenção de crimes contra mulher.

"O sistema de Justiça tem evoluído muito e buscado cada vez mais mecanismos para monitoramento e aperfeiçoamento para combate ao crime contra as mulheres. Mas o sistema de Justiça também depende do apoio e da mudança de paradigma das famílias na educação dos filhos, começando pela educação das crianças. É importante que se mude a educação culturalmente machista, a qual se foca ainda nas divisões de papéis e desigualdade de gênero", pontuou.

PJC MT

Operação Átria

A Operação Átria foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e executada pelas Polícias Civis nas 27 unidades da federação, de 27 de fevereiro a 28 de março. Além das ações repressivas, as equipes policiais apuraram denúncias, realizaram atendimentos às vítimas e promoveram ações educativas em 86 municípios do Estado.

Beatriz Passos