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Pai de BBB é acusado por esquema de madeira ilegal, e suspeito de tentar tomar casa

Pai de BBB é acusado por esquema de madeira ilegal, e suspeito de tentar tomar casa

23/01/2023

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O empresário Neodir Benedeti, pai do participante do Big Brother Brasil (BBB) Gustavo Harres Benedeti, responde a ações na Justiça por um suposto esquema de grilagem e madeira ilegal e também por supostamente ter tentado tomar a casa de uma zootecnicista. Ambos os casos aconteceram em Marcelândia.

Gustavo Benedeti participa do BBB 23 e ficou conhecido como "cowboy" ou "agroboy". A família é dona da Madeireira Pantanal, em Primavera do Leste, onde moram atualmente. Gustavo e Neodir constam como sócios da empresa.

Neodir, conhecido como "Niki" ou "Nike", foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) em uma ação penal derivada da Operação Louva-Deus, deflagrada pela Polícia Civil em 2009.

O empresário e o cunhado dele, Edwar João Harres, teriam atuado para tirar madeira ilegalmente de duas fazendas, a Perin e a Nossa Senhora Aparecida, em Marcelândia. As áreas eram propriedade de Rogério Antônio Perin e Júlio José da Silva, que teriam tido a madeira furtada pelo grupo do qual fariam parte Neodir e Edwar.

O produto ilegal teria como destino a "Madeireira Mayara", de propriedadede Edwar.

A denúncia imputa ao grupo os crimes de furto qualificadoo, formação de quadrilha, posse de arma de fogo e coação no curso do processo.

Além de Neodir e Edwar, foram denunciados Ademir dos Santos, Ademir Lemes Mendonza, Cecílio João Nalin e Luiz Carlos Taboni.

O MPE também havia denunciado o grupo pelo crime de destruição de floresta. Contudo, o juiz Adalto Quintino da Silva avaliou que esse crime prescreveu em 2016. O processo segue com relação aos demais crimes denunciados pelo MPE.

O pai de Gustavo Benedeti prestou depoimento à Polícia Civil em fevereiro de 2010. Ele negou conhecer os "irmãos Paraguai", Claudio e Ademir Mendonza, supostos responsáveis pela extração ilegal de madeira. Neodir disse apenas os conhecer "de vista".

O empresário afirmou ser dono de um caminhão Ford Cargo, que já tinha utilizado para trabalhar como motorista para o cunhado Edwar. Neodir negou ter trabalhado para Edwar na região do Rio do Ouro, onde a madeira teria sido extraída.

À polícia, o empresário alegou que "não tem informações a respeito dasgrilagens ocorridas na regiao do Rio do Ouro do ouro e não sabe citar nomes dos possiveis grileiros".

O MPE narra na denúncia que, depois que a Operação Louva-Deus foi deflagrada, teria sido feito um plano para que os "irmãos Paraguai" fugissem para o país vizinho, evitando que as investigações chegassem aos nomes de Neodir e Edwar. O empresário, porém, negou ter ciência desses fatos. O caso segue tramitando na Vara Única de Marcelândia.

DISPUTA POR CASA - Outro caso que tramita na Justiça envolve Neodir Beneti e também a esposa dele e mãe de Gustavo, Maristela Fátima Harres, a "Stela".

A zootecnicista Selma Maria Maximiano acusa o casal de tentar ficar com um imóvel dela no Distrito de Analândia do Norte, em Marcelândia.

Trata-se de um lote com um prédio parte em alvenaria e parte em madeira. Maristela era dona do imóvel e vendeu a uma mulher identificada como Jupira Kelly dos Santos, que montou no local uma loja de móveis chamada Stilus Móveis, em 2010. O contrato da venda foi perdido.

Em março de 2016, Jupira utilizou o imóvel como parte do pagamento na compra de outra propriedade, o Sítio Beira Rio, e transferiu o lote para uma mulher identificada como Jane dos Santos Farias.

Já em julho de 2017, Selma Maximiano comprou o imóvel de Jane, "como resta provado pelo contrato de compra e venda e notas promissórias anexadas aos autos".

"Portanto, desde o ano de 2010, a Requerida Maristela não é mais proprietária do imóvel em questão, sendo que se passaram 12 anos da venda do imóvel", afirma a zootecnicista na ação.

Segundo a defesa de Selma, ao saber que ela e sua família deixaram o lote, que era usado para um projeto social de artes marciais para crianças de baixa renda, Maristela e Neodir teriam começado a "ameaçar a Requerente, declarando que como eles haviam deixado o imóvel, não voltariam mais para o mesmo, pois não tinham como provar que eram proprietários do mesmo e que o documento constante na Pronorte ainda tem como proprietária do imóvel a Requerida".

Selma havia alugado a casa para outra pessoa. Os pais de Gustavo teriam entrado em contato e dito que o aluguel deveria ser pago a eles, que seriam os verdadeiros donos do imóvel.

Maristela e Neodir teriam ainda oferecido uma quantia em dinheiro para Selma deixar o imóvel, o que não foi aceito por ela.

"Diante da negativa, o Requerido passou a fazer ameaças à Requerente e seu convivente, dizendo que se os mesmos retornassem ao imóvel seriam retirados do mesmo à força", diz trecho da ação.

O marido de Selma chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando a supostsa ameaça sofrida.

A "ação de interdito proibitório com pedido de liminar inaudita altera parte" foi proposta em junho de 2022 e ainda não há decisão sobre o pedido de liminar.

OUTRO LADO - O Midiajur tentou contato com a família por meio da assessoria de Gustavo Benedeti. Por e-mail, a assessoria informou que a família não iria comentar o assunto.

 

 

MIKHAIL FAVALESSA E LÁZARO THOR
Da Redação

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