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Empresário alvo do Gaeco ambiental é multado em R$ 1,6 milhão

Empresário alvo do Gaeco ambiental é multado em R$ 1,6 milhão

Na Justiça, Fernando Bruno Crestani é réu em uma ação derivada da Operação Hamadríade

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O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) manteve uma multa de R$ 1,6 milhão contra o empresário Fernando Bruno Crestani, alvo da Operação Hamadríade, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado Ambiental (Gaeco Ambiental).

A multa foi aplicada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) por Crestani ter executado manejo florestal sem os requisitos técnicos estabelecidos no Plano de Manejo Florestal Sustentado (PMFS). A atividade foi feita em 1.624,4583 hectares.

O empresário recorreu ao Consema, que manteve a multa em uma decisão dada em 21 de novembro, por unanimidade, seguindo voto do relator, representante da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Davi Maia Castelo Branco Ferreira.

Após a operação do Gaeco Ambiental, a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a suspensão das atividades na Fazenda Matrinchã II, em 6 de setembro deste ano.

O Gaeco começou a investigação a partir da Operação Terra à Vista, de 2014, e identificou que teria havido continuidade dos crimes em uma nova organização criminosa.

A denúncia do Gaeco Ambiental aponta que, a partir de 2016, o grupo investigado teria cometido crimes contra o meio ambiente por meio de fraudes nas constituições de empresas, em licenciamentos ambientais e nos sistemas de controle ambiental, CC-Sema e Sisflora/MT, além da lavagem de dinheiro por meio de produtos florestais (madeira).

Na Fazenda Matrinchã II, da qual Crestani é dono, eram registrados planos de manejo em nome de supostos laranjas e obtidas as Autorizações de Exploração Florestal (Autex).

Com isso, a organização criminosa alterava as informações nos sistemas de controle ambiental " gerando créditos de produtos florestais maiores do que de fato teria direito a ser explorado nos PMFS".

Os créditos eram repassados a outras empresas ou empresas fantasmas, "cujo propósito seria acobertar a origem ilícita do
produto florestal e comercializar os saldos existentes em seus sistemas como se fossem originários de planos de manejos florestais sustentáveis devidamente autorizados pelo órgão ambiental".

O grupo teria ainda inserido laranjas em planos de manejo florestal, sobrepondo autorizações de exploração e superdimensionando o volume de madeira retirada dentro das coordenadas autorizadas pela Sema.

Fernando Bruno Crestani faria parte do "núcleo empresarial" e de liderança do esquema, segundo o Gaeco Ambiental, junto de Michel Crestani e Leonardo Crestani Júnior.

Os empresários teriam operado em conluio com técnicos que atuavam para obter os registros na Sema, e ainda com um grupo de apoio que faria a parte financeira dos planos de manejo.

 

 

MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação

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