7 pessoas foram presas e 14 mandados de busca foram cumpridos, em Cuiabá e Várzea Grande, nesta quarta (06), durante a Operação Camaleão. Os suspeitos foram presos por integrarem grupo criminoso especializado em aplicar goles, por meio do aplicativo WhatsApp.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais, mas contou com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso.

De acordo com as investigações, que começaram em junho de 2021, uma organização criminosa foi constituída em Mato Grosso para aplicar golpes em vítimas de diversos estados do país.

A organização dividia as funções de seus membros basicamente em dois núcleos: o núcleo operacional era responsável por obter dados das vítimas, habilitar chips de telefonia para uso exclusivo na aplicação de golpes e enviar mensagens de Whatsapp para as vítimas.

Os criminosos se passavam por familiares das vítimas e solicitavam a transferência de valores para contas que indicavam, alegando tratar-se de situações urgentes.

Em seguida, entrava em ação o núcleo financeiro, responsável pelo fornecimento de contas bancárias e chaves Pix para serem indicadas às vítimas, para receber os valores dos golpes.

Eles sacavam imediatamente o dinheiro, para evitar a recuperação da quantia pelas vítimas. O valor era transferido para os membros da organização depois. Segundo apurado, muitos dos estelionatos consumados foram cometidos contra vítimas de Minas Gerais.

Os indícios até o momento colhidos indicam que a organização criminosa movimenta a quantia aproximada de R$ 10 mil por dia útil, o que representa cerca de R$ 1,8 milhão de prejuízos ocasionados às diversas vítimas.

Foi decretada a disponibilidade de R$ 1,8 milhão, para ressarcimento futuro das vítimas.

Operação Camaleão

O nome da operação (Camaleão) faz referência ao fato de os estelionatários se “camuflarem” para enganar as vítimas e mudarem constantemente de identidade utilizada no WhatsApp.

Da Redação