Ela era mãe, esposa, trabalhadora. A tia da merenda, filha do seo Moisés, benzedor do bairro Porto e de Benedita Bomdespacho dos Santos, a dona Ditinha. Cássia Santos da Cruz, 36, morreu longe dos amigos e da família , que tanto amava, vítima da covid-19, na quinta-feira (2).

Em poucas horas seu perfil no Facebook ficou cheio de dezenas de mensagens de carinho, lamentações e saudades pela morte precoce. Mais do que um número entre as 706 mortes registradas em Mato Grosso, Cássia foi lembrada como uma mulher alegre, gentil, batalhadora, cheia de vida e sempre com um sorriso no rosto.

A irmã de Cássia, Thiara Laura, descreveu Cássia como uma "mãe exemplar" e uma pessoa com uma "história linda aqui na terra". "Muita tristeza lhe escrever sobre como a sua partida está sendo dolorosa. Dói porque era tão alegre e cheia de vida, cheia de entusiasmo e alegria! Você é aquele alguém que sempre, em todos os momentos, estava com um sorriso no rosto", escreveu ela na rede social.

"Hoje estou mal, muito triste, arrasada por não poder te dar um adeus. Mas Deus sabe de tudo, o quanto a minha amizade foi verdadeira com você. Descanse em paz minha amiga, Deus te chamou, quem somos nós para dizer não a ele. Que os céus te recebam em festa", postou Joana da Cruz, uma amiga que trabalhava junto com Cássia na Escola Estadual Senador Azeredo.

"Essa dor vai perdurar muito tempo, pois ficaremos sem seu lindo sorriso, seu tua alegra contagiante. Mas Deus nos deu o privilégio de estar com você em vários momentos bons", escreveu a amiga Josy Moraes Figueiredo, na página de Cássia no Facebook.

"Sabe aquela tia da escola, pois é, a melhor tia da escola toda, era ela. Pensa em uma comida maravilhosa, era a dela. A tia que eu sentava para conversar e esquecia de ir pra sala (...) Tia que levei pra vida toda, hoje me despeço sem acreditar", lamentou a ex-aluna Ruth Campos.

Thalyta Amaral