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Coordenador do DSEI/Araguaia de São Félix do Araguaia diz está sofrendo perseguição após demitir servidor

Coordenador do DSEI/Araguaia de São Félix do Araguaia diz está sofrendo perseguição após demitir servidor

06/06/2023

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O um líder indígena e coordenador do DSEI/Araguaia de São Félix do Araguaia – MT, Labé Kàlàriki Idjawaru Karajá, da aldeia Santa Isabel – TO, denunciou estar sofrendo perseguições e humilhações por parte de um servidor do DSEI/Araguaia. Segundo ele, o servidor esta denegrindo a sua imagem, com afirmações falsas, mostrando apenas amplo desconhecimento a respeito da verdade, uma vez que vem sendo pressionado depois de uma demissão que foi solicitada pelo Controle Social CONDISI/Araguaia e pelo presidente do conselho local do polo base de São Félix do Araguaia.

De acordo com Labé, tudo isso começou, quando foi convidado em abril de 2022, pelo ex-coordenador do DSEI/Araguaia de São Félix do Araguaia para ocupar o cargo de assessor indígena, na época o mesmo morava em Goiânia, retornou para São Félix do Araguaia, aceitando o convite e em junho do mesmo ano assumiu o cargo, e isso acabou gerando revolta na família e no servidor que perdeu a vaga.  Diante da situação, o servidor passou a atuar contra o assessor indígena, perseguindo e buscando encontrar algo lhe podia então atingir. Em agosto de 2022 de acordo com o atual coordenador foi denunciado por assedio sexual contra menor de 17 anos.

Na época a menor trabalhava no Distrito como jovem aprendiz, diante dos fatos Labé afirma que nunca assediou a menor, até porque na época prestou depoimento, explicando toda situação, que não procedia às informações e tudo se tratava de uma perseguição. A menor também foi ouvida e negou todas as acusações e disse que essas pessoas estavam tentando denegrir a sua imagem. O processo foi arquivado por falta de provas. “Eu nunca assediei a menor, quem me conhece sabe da minha integridade e caráter, respeito muito o ambiente de trabalho”, afirmou o coordenador do DSEI.

Em março de 2023, Labé Karajá foi nomeado através da portaria do Ministério da Saúde, comandado pela Ministra Nísia Verônica Trindade Lima, coordenador do DSEI de São Félix do Araguaia, depois de muito tempo, passando de mão em mão.  Ao assumir a coordenação do DSEI, e demitir algumas pessoas, dentre elas o servidor, ou seja, que lhe perseguia, porém recebeu o afastamento do servidor pelo Conselho de Saúde do Pólo de São Félix do Araguaia, Conselho Distrital de Saúde Indígena, que trata do maior conselho, ou seja, da maior instância de saúde indígena do controle social, onde o presidente Edimundo Tapirapé, pediu a exoneração do mesmo, e ainda de acordo Labé, recebeu uma abaixo-assinada com mais de 300 assinaturas da comunidade Santa Isabel, JK e Watau, fortalecendo a sua decisão em relação à exoneração do Assistente Social.

No entanto, apesar das perseguições com tudo isso, antes da exoneração do servidor, o coordenador do DSEI, chamou e propôs para que ele trabalhasse no Pólo básico, mas o mesmo optou ficar no DSEI, por ser do controle social e vice do conselho. Foram negadas todas as propostas oferecidas pelo coordenador, que não viu outra saída a não ser exonerar o mesmo. Cumprindo aviso prévio o servidor dando continuidade na perseguição, procurou um veiculo de comunicação região, aonde foi feita uma matéria denegrindo a imagem do coordenador, ressuscitando o processo que pela a justiça está parado por falta de prova, tentando lhe prejudicar com informações mentirosas, algo que já foi resolvido pela justiça e trazendo as informações de volta como se estivesse acontecido recentemente, distorcendo a verdade, apenas com o intuito de lhe atingir e tirar da coordenação.

“Na verdade, sou um indígena e no momento tenho a função mais importante na instituição, por isso estou sendo perseguido. Recuar, para mim, não é uma opção. Vou resistir, vou me posicionar e, se tiver que lutar, vou lutar. Em razão disso, aproveito a oportunidade para pontuar que, todo mundo deveria conhecer um pouco mais da cultura (indígena) pra entender melhor a vida. A pureza nossa é muito grande. Somos pessoas que dividimos o que temos, mesmo tendo às vezes insuficiente pata nós, e fazemos com muito carinho. Somos pessoas com profundo conhecimento da vida. Você tem que viver para entender o que somos. Apesar de tudo, sou feliz”, afirma.

Por fim, Labé afirma que a reportagem publicada é um desrespeito aos princípios básicos, no qual assumiu o DSEI recentemente decidindo reajustar o quadro de funcionários para adequar conforme sua forma de administração, e diante dessas ações começaram as perseguições políticas para diminuir sua imagem. O Coordenador Labé Karajá afirma que tomou todas as medidas cabíveis, onde espera que as autoridades competentes tomem as devidas providências.

O Presidente do CONDISI/Araguaia, DESEI Araguaia/SESAI – MS; Taroko Edimundo Tapirapé e Presidente da Associação Indígena do Vale do Araguaia (ASVA), Eliana F. Karajá Martins, manifestaram repudio as declarações contra o coordenador Labé Karajá. Confere logo abaixo as notas de repúdios.

 

 

Vanessa Lima/O Repórter do Araguaia

 

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Que turma que gosta de conflito e fofoca. Essa história de perseguição se repete todos os anos.

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