Políticos, juízes e promotores ocupam 10% do efetivo da PM, dizem deputados
Deputados defendem que militares passem a trabalhar nas ruas e sejam convocados nas escolas, para evitar massacres como ocorreram em outros estados
Deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) criticaram, nesta quarta-feira (19), a presença de policiais militares em órgãos públicos, inclusive na própria Assembleia Legislativa. Segundo deputados informaram em plenário, órgãos públicos como Ministério Público, Tribunal de Justiça e a própria ALMT ocupam 10% do contingente da Polícia Militar de Mato Grosso.
As críticas foram feitas durante a discussão do projeto de lei 570/2023 que prevê a criação de uma Superintendência de Segurança Civil, com foco em investigações e inteligência. O novo órgão a ser criado na ALMT vai trazer um delegado e policiais civis para o legislativo.
"Eu não tenho nada contundente contra a criação de cargos aqui, o que eu tenho contra é a casa manter quase 70 policiais militares aqui, inclusive alguns coronéis", afirmou Wilson Santos (PSD). "Não dá para tirar 70 policiais militares das ruas para ficar a serviço dos deputados, precisamos ter coragem de fazer esse corte", citou.
"Eu não sei porque o comando da polícia aceita isso, porque quando soma a Assembleia e outros órgãos, dá mais de 700 policiais e hoje estamos correndo atrás de policiais nas escolas, a Seduc vai ter que contratar gente", finalizou Wilson.
O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) concordou com o colega. Campos citou como experiência a saída da Polícia Militar do Distrito Federal do Senado, que foi substituída com a criação da Polícia Legislativa.
"Na gestão do presidente Roberto Lucena nós acabamos com esse convênio [com o governo do Distrito Federal para ceder policiais] e implantamos a polícia legislativa, com toda estrutura, com orçamento do Senado e com salário melhor, hoje é exemplo", acrescentou o ex-senador, hoje deputado estadual.
Júlio citou afirmou que o efetivo da Polícia Militar é de cerca de 6500 homens e mulheres. Pelo cálculo do parlamentar, os órgãos públicos que possuem 700 militares ocupam portanto cerca de 10% deste efetivo.
DA REDAÇÃO
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