Um homem, identificado como João Antonio Balbino da Silva, foi preso pela polícia no sábado (18) depois de ameaçar arrancar a cabeça da própria filha e atear fogo na casa da ex-mulher, em Cuiabá.

De acordo com a Polícia Civil, a mulher, A.R.D.S, foi à delegacia informando que o ex-marido estava com seus filhos menores de idade, e enquanto era atendida recebia mensagens ameaçadoras dele. O homem mandava a mulher voltar para a casa e que iria "conversar de boa".

Os dois estariam separados há dois meses, e ele teria outra mulher. A vítima afirmou que já foi agredida pelo homem e que ele fica à espera dela na saída do trabalho, de onde ela sai de madrugada e é perseguida e ameaçada pelo ex-marido.

A mulher, segundo a polícia, estava visivelmente abalada, chorava muito e tinha medo de que o suspeito fosse " machucar seus filhos, tendo ele dito que iria atear fogo na residência e destruir tudo, inclusive sempre muito alterado". Ainda segundo o registro da polícia, "o Suspeito prometeu que arrancaria acabeça da própria filha T.".

As ligações nas quais o homem exigia que mulher voltasse à casa e não o denunciasse foram gravadas pela vítima, que informou que o ex-marido "sempre foi muito agressivo e violento, principalmente na presença das crianças.

João Antonio foi preso em flagrante pela Polícia Civil. O juiz plantonista Jean Garcia de Freitas Bezerra homologou o flagrante, mas concedeu liberdade provisória ao suspeito.

"Nesse sentido, atendo-se aos fatos que ensejaram a prisão em flagrante do conduzido, não verifico do auto de prisão em flagrante que o detido apresente periculosidade suficiente a ponto de sustentar a custódia cautelar, uma vez que a conduta praticada não envolveu violência ou gravidade exacerbada, ainda que em âmbito doméstico, não preenchendo, desta forma, os requisitos do art. 312 do CPP", diz trecho da decisão.

O magistrado aplicou medidas cautelares, que se descumpridas podem levar à revogação da liberdade e prisão preventiva.

O suspeito deve manter endereço atualizado na Justiça, está proibido de ingerir bebida alcoólica em locais públicos e de frequentar bares e outros estabelecimentos do gênero. O ex-marido também não pode portar arma de fogo ou outros tipos de armas brancas, deve manter distância de 500 metros e não pode se comunicar com a ex-mulher, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica nos próximos três meses.

A ex-mulher recebeu um botão do pânico para acionar caso o suspeito volte a se aproximar dela.

MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação