Jayme avalia que Bolsonaro 'pisou na bola' e foi perverso com eleitores
02/01/2023
Os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PP) reprovaram a atitude do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em não passar a faixa ao eleito Lula. Em entrevista neste domingo, ambos concordaram que, politicamente, seria melhor uma ação amigável. Campos foi mais além e disse que o ex-chefe da nação foi “perverso” com seus eleitores.
Dias antes da posse de Lula, Bolsonaro viajou aos Estados Unidos. Porém, desde a eleição do dia 30 de outubro, ele havia sinalizado que não faria o ato simbólico de transferência de mandato.
Na avaliação de Jayme Campos, o político foi perverso ao alimentar em seus eleitores a esperança de reversão do resultado das urnas. Desde disso, desde então há eleitores acampados em portas de quartéis na tentativa de pressionar intervenção militar.
“Bolsonaro pisou na bola. As pessoas que seguem e seguiam ele ficaram 60 dias ai. Foi muito perverso com as pessoas apaixonadas por ele. Não satisfeito, viajou para Orlando, sem dar satisfação ao público que ainda estava na porta dos quartéis, debaixo de sol, chuva, mal alimentado e mal acomodado”, argumentou.
Na falta do ex-presidente, a equipe que organizou a posse decidiu chamar “o povo” para passar a faixa a Lula. Pessoas da comunidade subiram a rampa de mãos dadas com o presidente eleito, a primeira-dama Janja, assim como vice Geraldo Alckimin e a esposa Maria Lúcia.
“ Importa é que a transição foi feita e Lula foi um craque, porque quem passou a faixa para ele não foi nem o presidente da Câmara, nem do Senado, que poderiam fazer. Ele entendeu por bem escolher pessoas do povo, humildes, isso fez com que a faixa ficasse ainda mais valorizada, porque veio das mãos do povo, nem de um ou de outro Poder”, enalteceu.
Aliado de Bolsonaro, Fagundes reconheceu que não foi de bom tom a atitude do ex-presidente e garante que haverá consequências.
“É decisão pessoal dele não passar a faixa. Isso será, também, julgado por todos. Politicamente seria melhor que ele fosse, mas ele também teve seus motivos para não ir”, se limitou a avaliar.
O senador ainda pondera que, apesar da pressão por reverter a eleição, nunca houve qualquer incentivo ou ação para que os eleitores acreditassem que isso pudesse acontecer.
Jessica Bachega e Pablo Rodrigo
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