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Policiais penais são alvos de operação por facilitarem fuga de líder de facção em MT

Policiais penais são alvos de operação por facilitarem fuga de líder de facção em MT

Investigações conduzidas pela GCCO, Draco e Polinter identificaram pessoas internas e externas da unidade prisional envolvidas na fuga dos presos

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A Polícia Civil, com apoio da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), deflagrou na manhã desta segunda-feira (14.4) a Operação Shadow, para cumprimento de 35 ordens judiciais contra um grupo criminoso envolvido na fuga do líder de uma facção e de outro detento,  do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, em 2023.

Na operação, são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 12 de busca e apreensão domiciliar, seis bloqueios de valores, três de sequestro de veículos e três de sequestro de bens e imóveis, expedidos pela juíza Edna Ederli Coutinho, do  Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá. As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Poconé. 



As  investigações, conduzidas pela  Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Gerência Estadual de Polinter e Capturas (Gepol), identificaram um plano estratégico que contou com apoio de agentes públicos para a fuga dos criminosos. 

Os alvos, entre eles dois policiais penais, são investigados pelos crimes de facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integrar organização criminosa. 



O cumprimento das ordens judiciais conta com apoio das equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis e Delegacia de Poconé.

A Secretaria de Estado de Justiça, por meio da Corregedoria Geral, acompanha o cumprimento dos mandados judiciais em relação aos policiais penais investigados. A Corregedoria da Sejus também adotará todas as medidas cabíveis que o caso requer sobre as condutas dos servidores.



Fuga e identificação dos envolvidos

A fuga dos dois detentos do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, ocorreu no dia 14 de julho de 2023, quando os dois reeducandos tiveram a saída autorizada da penitenciária, supostamente para realizar serviço extramuros e não retornaram à penitenciária.

Entre os fugitivos está G.R.S., conhecido como “Vovozona”, considerado criminoso de alta periculosidade e apontado como liderança do crime organizado na região sul de Mato Grosso. O outro fugitivo é T.A.F.O.,  autor de homicídio em Chapada dos Guimarães e que dias antes ao fato já tinha se envolvido em outra tentativa de fuga da unidade prisional.



As investigações apontaram que os criminosos tiveram auxílio de pessoas internas e externas da unidade prisional para que a fuga ocorresse. Um policial penal, responsável por tirar os detentos da penitenciária em uma caminhonete F-250, acautelada do Sistema Penitenciário, e o diretor da unidade na época dos fatos, que autorizou a saída dos reeducandos, tiveram a participação identificada no crime.

O delegado titular da Draco, Rodrigo Azem Buchdid, disse que, com avanço das investigações, foi possível identificar o grupo criminoso que se formou para o êxito na fuga dos dois reeducandos, oferecendo tanto apoio logístico com veículos, imóveis e também o apoio dos agentes públicos à empreitada criminosa. 

“A operação tem o objetivo de desarticular o grupo criminoso que atuou de forma muito bem articulada, montando um plano estratégico, que contou apoio de servidores para que houvesse essa facilitação da fuga”, destacou.



Shadow

O nome da operação, que em inglês significa “sombra”, faz referência aos rastros dos vestígios deixados pelos fugitivos. 

A operação integra as ações de planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação das facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero contra as facções criminosas, do Governo do Estado, e também os trabalhos da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

 

 

Da Redação
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