Mato Grosso tem mais de 20 mil integrantes de facções, afirma desembargador
Orlando Perri afirmou que o estado que não haverá penitenciárias suficientes para abrigar todos esses criminosos.
A guerra entre facções em Mato Grosso tem ultrapassado todos os limites legais, o que fez com que o estado lançasse um programa para o combate ao crime organizado na última segunda-feira (25). No evento, o desembargador Orlando Perri afirmou que o estado tem mais de 20 mil faccionados e que não haverá penitenciárias suficientes para abrigar todos esses criminosos.
"Sabe quantos faccionados se estima que tem o estado de Mato Grosso? Mais de 20 mil com certeza. Nós temos também, além desses 20 mil faccionados, pelo menos, 30 mil mandados de prisão soltos para se prender. Se nós prendêssemos tudo isso, governador, onde é que nós iríamos colocar esses 50 mil? Nós só temos 12 mil vagas", alfinetou o desembargador durante o lançamento do programa Tolerância Zero ao Crime Organizado.
A principal mudança implementada pelo programa é que a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) sofrerá uma separação, com uma das secretarias adjuntas se tornando a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), que comandará os sistemas penitenciário e socioeducativo.
Segundo o desembargador, a resposta para a pergunta é a ressocialização dos presos quando eles são detidos pela primeira vez, para impedir que eles entrem para facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuam sem impedimento dentro dos presídios no estado,
"Aquele preso que roubou pela primeira vez um celular, é um crime colocar essa pessoa junto com os faccionados. Ele vai se alistar ao crime organizado no primeiro contato que ela tiver com o sistema prisional", explicou.
Perri enfatizou ainda que "temos que cuidar da 'primeira criminalidade', porque, lamentavelmente, o Estado brasileiro cuida apenas daqueles que não tiveram mais remédio, que tiveram que cumprir as suas penas de 10, 15, 20, 30 anos. Nós temos que cuidar das pessoas na primeira criminalidade e na audiência de custódia".
POR J1
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