Investigador critica Promotoria após tragédia envolvendo vereador e sua ex-esposa em Ribeirão Cascalheira; MP rebate
O investigador criticou a Promotoria de Justiça de Ribeirão Cascalheira por permitir a soltura do vereador, que havia sido preso anteriormente por agressão e cárcere privado
O vereador de Ribeirão Cascalheira, José Soares de Sousa, conhecido como Zé Fadiga (MDB), Ele assassinou a ex-esposa, Olindina Maria da Silva, e seu ex-cunhado, Odélio José da Silva, antes de tirar a própria vida. O homicídio ocorreu no Distrito de Novo Paraíso, no sábado (26), e ainda não foram divulgados detalhes sobre como os crimes aconteceram.
Conforme o apurado, o investigador Paulo Viriato, da Polícia Judiciária Civil, revelou ao portal Notícias Interativa que, dias antes do crime, a ex-esposa do vereador havia relatado que estava sendo ameaçada de morte por ele, caso não fosse reeleito nas próximas eleições.
Após o homicídio, Viriato foi um dos primeiros a ser acionado e começou uma operação para localizar Zé Fadiga. O vereador foi encontrado a cerca de 20 quilômetros da Fazenda Bom Futuro. Durante a fuga, ele tentou colidir com uma viatura da Polícia Militar, mas perdeu o controle do carro e acabou subindo uma ribanceira. Armado, ele se escondeu na vegetação, mas ao ser cercado, cometeu suicídio.
O investigador criticou a Promotoria de Justiça de Ribeirão Cascalheira por permitir a soltura do vereador, que havia sido preso anteriormente por agressão e cárcere privado. Viriato afirmou que o crime poderia ter sido evitado se o judiciário tivesse sido mais rigoroso.
Em resposta, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) esclareceu que seguiu a legislação durante a audiência de custódia do vereador. O órgão informou que pediu medidas como o afastamento do lar, monitoramento por tornozeleira eletrônica e apreensão de armas, mas nem todas foram aprovadas pelo Judiciário. Além disso, a denúncia contra Zé Fadiga foi feita em junho e recebida pela Justiça em agosto, com cópias do processo enviadas ao Legislativo para as devidas providências.
Veja na íntegra:
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da Promotoria de Justiça de Ribeirão Cascalheira, esclarece que durante a audiência de custódia do vereador José Soares de Souza, conhecido como Zé Fadiga, ocorrida no mês de junho, o MPMT agiu de acordo com o que determina a legislação.
Destacou ainda que na referida audiência foi requisitado o afastamento do acusado do lar, monitoramento por tornozeleira eletrônica, apreensão das armas e cumprimento das medidas protetivas em relação à vítima, mas nem todas as medidas foram deferidas pelo Poder Judiciário.
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A Promotoria de Justiça acrescentou também que a denúncia contra o parlamentar foi oferecida em 28 de junho e recebida pela Justiça em 20 de agosto. Além disso, cópia do processo foi encaminhada ao Legislativo para adoção das providências cabíveis.”
A nota rebate que as informações veiculadas nas redes sociais não refletem a atuação do Ministério Público e reforça o compromisso da instituição com a justiça e a segurança da comunidade.
Por Da Redação
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