Segundo levantamento do Instituto Centro de Vida (ICV), os incêndios no Cerrado e na Amazônia representam, respectivamente, 51% e 41% das áreas queimadas no estado. Em Mato Grosso, até o dia 15 de setembro deste ano, foram consumidos 5.794.738 hectares, para fins de comparação isso equivale a mais de 5 milhões campos de futebol ou por volta de 38 vezes o municipio de São Paulo.

Esse número se aproxima dos índices de 2020, embora, naquela época, o Pantanal fosse responsável por 30% das queimadas, enquanto agora esse percentual caiu para apenas 8%, indicando um aumento significativo nos demais biomas.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o cenário atual representa um aumento de 260% no total de áreas atingidas pelo fogo em Mato Grosso.

Os dez municípios mais afetados pelos incêndios somam 30% da área total queimada em Mato Grosso até o momento. Destes, cinco estão predominantemente no Cerrado, três na Amazônia e dois no Pantanal.

Em um dado alarmante, somente nos primeiros 15 dias de agosto, Mato Grosso registrou a queima de 1 milhão de hectares, o que equivale a 17% do total acumulado até então.

O levantamento também analisou a ocorrência de incêndios por categoria fundiária, revelando que imóveis rurais privados e áreas não cadastradas concentram 60% da área afetada. Esses dados indicam uma relação direta entre o uso do fogo e práticas agropecuárias, que incluem a "limpeza" de áreas recém-desmatadas e a degradação da vegetação nativa para facilitar novos desmatamentos.

Veja a lista dos 10 municípios que mais tiveram área queimada até agora

1 Cáceres com 5,8%
2 Peixoto de Azevedo com 3,3%
3 Tangará da Serra com 3,1%
4 Comodoro com 2,9%
5 Colniza com 2,8%
6 Rosário Oeste com 2,6%
7 Barão de Melgaço com 2,5%
8 Paranatinga com 2,5%
9 Santa Terezinha com 2,4%
10 Campinápolis com 2,4%

ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO