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PM acusado de invadir e construir casa em propriedade rural “some” após abertura de sindicância

PM acusado de invadir e construir casa em propriedade rural “some” após abertura de sindicância

PM foi procurado em sua residência, em Cuiabá, mas não foi localizado até o momento para prestar depoimento

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Na manhã desta segunda-feira (26) foi publicado no Diário Oficial a citação do cabo da Polícia Militar Jorge Medeiros da Silva para comparecer, no mês de setembro, em um interrogatório e prestar esclarecimentos sobre ter invadido uma propriedade rural e iniciado a construção de uma casa, no município de Santo Antônio do Leverger, entre os anos de 2019 e 2020.

A vítima, D.D.A., diz ser o legítimo possuidor da propriedade, desde 1991, cuja área é de aproximadamente 95,26 hectares. Segundo o fazendeiro, as terras pertenciam a seu sogro e que após o falecimento do mesmo, o imóvel passou para a posse dele.

Conforme consta nos autos, D.D.A. sofreu turbação em suas terras em dezembro de 2019, onde o PM Jorge Medeiros e outros três suspeitos seriam os responsáveis pela privação ilegal de posse da terra, “fincando mourões, arames, no intuito em dividir a propriedade do requerente [D.D.A.] em partes”.

No mês de outubro de 2020, os suspeitos realizaram a posse ilegal novamente, “alegando serem os proprietários de porções da referida terra”. À época dos fatos citados, o fazendeiro registrou boletins de ocorrência contra os invasores. 

Em abril deste ano, o juiz Alexandre Paulichi Chiovitti, da Vara Única de Santo Antônio do Leverger, entendeu que foi comprovado que Jorge Medeiros e os demais praticaram turbação e que a propriedade rural pertence, integralmente, a D.D.A. de modo que concedeu a manutenção da posse ao fazendeiro.

No Diário Oficial desta segunda-feira, consta que o PM  teria iniciado a construção de uma casa, na propriedade de D.D.A., além de colocar uma cerca e uma placa na beira do rio da propriedade. Ainda no documento, consta que foram realizadas buscas no imóvel de Jorge, localizado em Cuiabá, mas que o mesmo não foi localizado “e ninguém soube do seu paradeiro, estando assim em lugar incerto e não sabido”.

O encarregado da sindicância, 1° sargento da PM, Odirlei Rosa de Jesus, assinou, na última quarta-feira (21), para que, no prazo de 20 dias, Jorge compareça a Escola Superior de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfap), a fim de ser qualificado e interrogado sobre os fatos, podendo estar acompanhado de um advogado ou defensor público para assistir-lhe na sindicância.

 

 

CECÍLIA NOBRE
Da Redação

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