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Prefeito fica R$ 6 milhões mais rico em 4 anos e adquire 11 armas de fogo, incluindo fuzil

Prefeito fica R$ 6 milhões mais rico em 4 anos e adquire 11 armas de fogo, incluindo fuzil

Marcelândia é conhecida pelo desmatamento descontrolado, alvo de operações do Ibama com grandes apreensões madeireiras.

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O atual prefeito e pré-candidato à reeleição por Marcelândia, Celso Padovani (UB), fez sua declaração de bens este ano, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e foi constatado um aumento considerável, se comparado ao ano de 2020. Além disso, o candidato adquiriu um estoque de armas de fogo, que não tinha há quatros anos atrás. 

Mídiajur acessou a plataforma do TSE e constatou que, no ano de 2020, quando se candidatou e venceu as eleições para a prefeitura, Padovani declarou R$ 10,5 milhões em bens. Já neste ano, o pré-candidato à reeleição declarou R$ 16 milhões, ou seja, um aumento de R$ 6 milhões. Em análise das declarações nota-se que o valor a mais no patrimônio do prefeito se deu após adquirir 2925 cabeças de bois pelo valor de R$ 6,1 milhões.

Além de terrenos, imóveis, rebanhos bovinos, equinos e suínos, saldo em contas bancárias e veículos, Padovani também declarou 11 armas de fogo, sendo elas: 

- Dois revólveres Taurus;

- Cinco pistolas (Colt, Tisas, Glock, Jericho e Alfa); 

- Um fuzil (Taurus);

- Duas espingardas (Carabina e Huglu); 

- Uma carabina (Rossi). 

Ao todo, os armamentos estão declarados em aproximadamente R$ 97,1 mil. Vale destacar que, em 2020, Padovani não havia declarado armas de fogo. Veja a lista declarada no TSE ao final da matéria.

Município do desmatamento

Localizado no norte do estado, próximo ao Parque indígena do Xingu, Marcelândia integra o chamado “Portal da Amazônia”. O município é conhecido pela pecuária e pela exploração madeireira. Em 2007, a cidade ficou em primeiro lugar no ranking de municípios com o maior número de desmatamento na Amazônia.

De acordo com o Projeto Fundo Amazônia, no ano de 2008, a cidade foi incluída pelo Ministério do Meio Ambiente na relação de municípios prioritários para ações de monitoramento e controle do desmatamento. Em 2013, conseguiu sair da lista, mas, no mesmo ano, o desmatamento voltou a crescer.

Marcio Isensee e Sá

Área recém desmatada, Marcelândia

Área recém desmatada em Marcelândia antes da chegada do Ibama.

Em outubro de 2023, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) realizou a apreensão de 600 metros cúbicos de madeira, oriundas do desmate ilegal de 18 espécies de árvores, entre elas Peroba, Cedro e Cambará Rosa. À época, mais de 10 mil hectares embargados.

Em novembro do mesmo ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima publicou, no Diário Oficial da União, uma nova lista com os municípios, situados no bioma Amazônia considerados prioritários em ações para prevenção, controle e redução de desmatamento e degradação florestal. Marcelândia está na lista ao lado de outras  21 cidades mato-grossenses. 

O outro lado

Mídiajur entrou em contato com a prefeitura de Marcelândia via e-mail e telefone institucionais, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto. 

 

 

CECÍLIA NOBRE
Da Redação

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