O governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) se colocou contra a ideia do vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), de disputar a eleição do Senado por Mato Grosso em 2026.

"Acho que uma sociedade organizada precisa tirar dos seus seios os seus representantes. Não precisamos importar candidatos. Mato Grosso tem lideranças genuínas que estão ajudando a construir [o Estado]. Nós temos capacidade de escolher nosso futuro", declarou.

Conforme publicado na coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, a possível candidatura do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro faz parte de um 'plano' da família para ocupar o Senado.

A colunista aponta que os demais irmãos de Carlos Bolsonaro devem disputar o Senado em outros Estados. O atual senador Flávio Bolsonaro, também filho do ex-presidente, deve ser candidato à reeleição no Rio de Janeiro. O irmão dele, Eduardo Bolsonaro, deve sair na disputa por São Paulo, por onde já é deputado federal. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é cotada para concorrer pelo Distrito Federal.

Foi considerado Mato Grosso, e também o Estado de Santa Catarina, para Carlos Bolsonaro por conta da expressiva votação nas eleições gerais de 2022. Em Mato Grosso, Jair Bolsonaro recebeu 65% dos votos dos eleitores, e 69% no estado catarinense, na disputa contra Lula.

Pivetta disse que um candidato que nasceu ou cresceu em Mato Grosso tem mais legitimidade para representar o mato-grossense do que um "forasteiro".

"Apesar de reconhecer o trabalho do presidente e a força política que ele tem, eu, conceitualmente, sou contra isso. Acho que qualquer sociedade precisa ter genuinamente a sua articulação para tirar, dos seus seios, os seus representantes", concluiu.

No Estado do agronegócio, contudo, o filho '02' do ex-presidente teria concorrentes de peso. Entre eles o governador Mauro Mendes (União), que não pode tentar um novo mandato no Palácio Paiaguás, os possíveis candidatos à reeleição, Jayme Campos (União) e Carlos Fávaro (PSD), além da deputada estadual Janaína Riva (MDB).

ALLAN PEREIRA
Da Redação