"Corto a língua ou mato?", perguntaram membros do Comando Vermelho a mãe de adolescente
Segundo a mãe, a filha foi torturada porque seu ex-namorado era simpatizante do PCC
Terror. É a única palavra que descreve, com um ainda baixo grau de precisão, o que viveu a mãe da menor de 15 anos que foi torturada por integrantes da facção Comando Vermelho e teve a língua cortada pelos criminosos em Tangará da Serra na última quarta-feira (12).
No depoimento prestado à Polícia Civil, obtido pela reportagem do Midiajur, a mãe identificada com as iniciais J.P.F. conta que os torturadores perguntaram para ela se ela queria que a a filha fosse mortada ou que cortassem a língua dela.
"Eles me colocaram no quarto da minha casa e depois me levaram de novo para a sala, onde minha filha estava apanhando. Na sala, eles me perguntaram se eu preferia que matasse ela ou cortasse a línguda dela, eu pedi para cortaram a língua e implorei para que não matassem minha filha", disse.
"Eu segurei na mão dela e um dos homens que era alto magro e moreno apontou um revólver na cabeça dela e um deles pegou um canivete e começou a cortar a língua, mas não conseguiu, o outro que estava com a arma pegou o canivete e terminou de cortar", contou a mãe aos policiais, ainda estado de choque.
Depois disso, os bandidos saíram da casa das vítimas levando o aparelho celular da menor. Segundo relato da mãe, o crime ocorreu porque a adolescente viveu um relacionamento com um homem que era "simpatizante do PCC".
A exemplo do Comando Vermelho, que é do Rio de Janeiro, a facção paulista "Primeiro Comando da Capital" também possui membros em Mato Grosso.
A mãe contou que desde que a filha namorou o jovem, passou a ser ameaçada de morte. Os dois terminaram o relacionamento, mas as ameaças continuaram.
A adolescente contou aos policiais que não é faccionada, mas que sabia que o ex-namorado e os irmãos dele eram simpatizantes do PCC. Para a polícia, a menor disse acreditar não ter sido morta tão somente porque mentiu aos seus torturadores, dizendo que estava grávida.
Quatro pessoas foram presas pelo crime: Brenno Lucas Matos Scheffer, Paulo Henrique Souza Maia, Juliano César dos Santos e Patrick Renenn Campos Schirmer.
LÁZARO THOR
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